Reino Unido diz que só aceitará ‘refugiados genuínos’ da guerra na Ucrânia

‘Precisamos garantir que atuaremos a favor daqueles que precisam de nosso apoio’, disse o vice-primeiro-ministro

  • Por Jovem Pan
  • 06/03/2022 12h58
Roberto Szymanski refugiando tentando cruzar fronteira com a Polônia Refugiados fazem filas quilométricas para tentar atravessar a fronteira com a Ucrânia

O vice-primeiro-ministro do Reino Unido, Dominic Raab, afirmou neste domingo, 6, que só serão aceitos no país “refugiados genuínos” da guerra da Ucrânia. “Olhe, se simplesmente abrirmos as portas, não só não estaremos beneficiando as pessoas que precisam, os refugiados genuínos, mas acho que minaremos o apoio popular neste assunto. Acho que isso não é o correto”, disse o vice-premiê em entrevista à BBC. “Precisamos garantir que atuaremos a favor daqueles que precisam de nosso apoio”, completou Raab. O número 2 do Executivo de Londres garantiu que o governo prevê acolher até 200 mil ucranianos. Além disso, Raab indicou que os refugiados da Ucrânia que buscarem abrigo no Reino Unido, precisam seguir “o caminho humanitário, que não tem limitações”.

O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, cobrou de Londres uma solução imediata para permitir a concessão de visto para os ucranianos que se dirigiram para os arredores do porto de Calais, buscando cruzar o Canal da Mancha. Dos cerca de 400 ucranianos que chegaram até agora por esta via, cerca de 150 estão bloqueados por falta de permissão de entrada no Reino Unido, segundo indicou Darmanin. “É preciso acabar com a burocracia mesquinha”, afirmou o integrante do governo francês. Questionado sobre a situação, Raab garantiu que o governo do Reino Unido “trabalha com as Nações Unidas e outras agências, assim como com indivíduos, empresas e organizações de caridade” para ajudar os refugiados.”Nestas situações de conflito, a maioria das pessoas só querem ficar no país de nascimento, de origem, ou ir para um país próximo, para poder voltar depois. Acho que isso é o que podemos esperar com a Ucrânia”, completou Raab.

*Com informações da EFE

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