Reino Unido se posiciona contra o uso de bombas de fragmentação após decisão dos EUA

Premiê britânico citou convenção que proíbe a produção ou o uso das munições após Joe Biden concordar em enviá-las para a Ucrânia

  • Por Jovem Pan
  • 08/07/2023 19h07 - Atualizado em 08/07/2023 19h10
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Reprodução/Twitter/RishiSunak Rishi Sunak Rishi Sunak, premiê britânico, expôs visão do Reino Unido sobre as bombas de fragmentação

O premiê britânico, Rishi Sunak, posicionou-se neste sábado, 8, depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concordou em enviar bombas de fragmentação para a Ucrânia. De acordo com Rishi, o Reino Unido é signatário de uma convenção que proíbe a produção ou o uso das munições que têm gerado polêmicas. O governo dos EUA anunciou que enviaria bombas de fragmentação como parte de um pacote de assistência de segurança de US$ 800 milhões, em uma ação que, segundo Kiev, teria um “extraordinário impacto psicoemocional” sobre as forças russas de ocupação. Quando as bombas de fragmentação detonam, elas espalham dezenas de minúsculos fragmentos de bombas em uma ampla área, sendo que grande parte deles se enterra no solo em vez de explodir. Na verdade, as armas deixam um campo de minas antipessoais em seu rastro, representando um perigo letal para os civis, geralmente crianças.

O ministro da defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, saudou a decisão dos EUA de enviar munições de fragmentação ao país. A decisão de fornecer à Ucrânia essas bombas que são amplamente proibidas provocou a condenação de grupos de direitos humanos. Em uma postagem no Twitter, no entanto, Reznikov disse que as novas armas “ajudarão significativamente a desocupar” territórios do país, “salvando as vidas dos soldados ucranianos”. Ele disse, além disso, que as munições “não serão usadas no território oficialmente reconhecido da Rússia”. Em resposta, o governo russo declarou que a decisão de fornecer munições de fragmentação à Ucrânia é um “ato de desespero” e demonstra “fraqueza”. A porta-voz da Rússia Maria Zakharova disse em um comunicado: “A mais recente ‘arma milagrosa’ na qual Washington e Kiev estão apostando, sem pensar nas graves consequências, não terá nenhum efeito sobre a operação militar especial”.

*Com informações do Estadão Conteúdo.

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