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Rússia admite que ofensiva pode se limitar a regiões separatistas no leste da Ucrânia

Shopping que foi danificado por um bombardeio em 21 de março por um ataque russo em Kiev

Em uma série de comunicados divulgados nesta sexta, 25, a Rússia admitiu que deve concentrar sua ofensiva contra a Ucrânia nas regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, que ficam no leste ucraniano e combatem o governo do país desde 2014. O Ministério da Defesa Russo alegou que a primeira fase da “operação militar especial” foi finalizada. “Os principais objetivos da primeira etapa da operação foram em geral alcançados. O potencial de combate das Forças Armadas da Ucrânia foi consideravelmente reduzido, o que permite concentrar nossos esforços centrais em alcançar o objetivo principal, a libertação de Donbass” afirmou Sergey Rudskoy, chefe da Direção Operacional Principal do Estado-Maior das Forças Armadas russas.

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Segundo Rudskoy, a Rússia ainda não descarta invadir outras cidades, mas garantir que as duas regiões se separem da Ucrânia é a prioridade. A Rússia reconheceu os dois locais como independentes antes de iniciar o conflito, e Putin usou isso como uma das justificativas para a guerra. “Por isso, foi escolhida a segunda opção [a concentração dos esforços em Donbass], prevendo também ações em todo o território da Ucrânia, com a implementação de medidas para a sua desmilitarização e desnazificação”, completou, citando outros objetivos alegados pela Rússia, o de “desnazificar” a Ucrânia, destruindo grupos extremistas como o Batalhão de Azov – embora grupos do tipo também existam dentro da Rússia. Outra razão seria o de obrigar a Ucrânia a reconhecer a anexação da Crimeia pelos russos. Agências de notícias russas informaram, citando o Ministério da Defesa do país, que os separatistas apoiados pela Rússia agora controlam 93% da região de Luhansk e 54% da região de Donetsk.

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