Sob o comando do Brasil, Mercosul se reúne nesta quinta em meio à crise entre Venezuela e Guiana

Negociações com a União Europeia para o fechamento de um tratado de livre comércio devem estar no centro das discussões

  • Por Jovem Pan
  • 07/12/2023 09h42 - Atualizado em 07/12/2023 22h19
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, discursa durante a instalação do Conselho da Federação Termina nesta quinta-feira a presidência rotativa do Brasil no Mercosul

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe nesta quinta-feira, 7, no Rio de Janeiro, os chefes de Estado de Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia para a 63ª edição da reunião de cúpula do Mercosul. As negociações com a União Europeia para o fechamento de um tratado de livre comércio devem estar no centro das discussões. No entanto, no Palácio do Planalto é cada vez menor a expectativa de que o acordo seja fechado, já que os líderes da França, Irlanda e Polônia já se mostraram contrários ao pacto entre os dois blocos econômicos. Membros do Mercosul esperavam anunciar o fechamento do acordo antes da posse de Javier Milei, na Argentina, pois o presidente eleito defendeu a saída dos argentinos do bloco durante sua campanha. Além disso, nesta quinta o Paraguai vai assumir a presidência rotativa do Mercosul e também será promulgado o protocolo de adesão da Bolívia ao bloco como membro pleno. Atualmente, o país é apenas um Estado associado, como Chile, Peru e Colômbia. A Venezuela chegou a entrar no bloco, mas está suspensa desde 2017.

O país governado por Nicolás Maduro é responsável pela atual escalada da tensão na região. A Venezuela aprovou um refendo para anexar a região de Essequibo, que pertence à Guiana e voltou a ser alvo de disputa entre os países. Em meio a este contexto, na Cúpula deverá ser assinado o acordo de livre comércio com Singapura, o primeiro tratado dessa natureza firmado pelo Mercosul após mais de uma década de existência do bloco. Os presidentes também deverão assinar Comunicados Conjuntos e a Declaração Especial de Presidentes sobre Democracia e Integridade da Informação em Ambientes Digitais.

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