Sob olhares do governo brasileiro, Milei chega a Santa Catarina neste sábado para participar de fórum conservador

Presidente argentino se encontrará com Bolsonaro, mas não tem agente prevista com Lula; Itamaraty e Planalto temem que discurso piore a crise diplomática entre os dois países

  • Por Jovem Pan
  • 06/07/2024 07h10
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MARTIN DIVISEK/EFE/EPA Foto de arquivo mostra o presidente da Argentina, Javier Milei, discursando durante cerimônia no Palácio Zofin, em 24 de junho de 2024, em Praga, República Tcheca No domingo, às 16h, Milei discursará na Conferência da Ação Política Conservadora (CPAC), em Balneário Camboriú

O governo argentino notificou oficialmente o Itamaraty sobre a visita do presidente Javier Milei ao Brasil, classificada como privada. Milei rejeitou o auxílio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil e receberá apoio do governo de Santa Catarina. Ele chega neste sábado (6) e retorna amanhã, sem previsão de encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-presidente Jair Bolsonaro, que desembarcou em Balneário Camboriú nesta sexta-feira (5), tem um encontro agendado com Milei. Bolsonaro participará de um evento a partir das 7h30 da manhã e, à noite, se reunirá com o governador Jorginho Mello, onde será oferecido um jantar a Milei. Aliados de Bolsonaro convidaram o presidente argentino para assistir a uma partida da Copa América entre as seleções do Uruguai e do Brasil. Ambos estarão hospedados no mesmo hotel em Balneário Camboriú.

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No domingo, às 16h, Milei discursará na Conferência da Ação Política Conservadora (CPAC), um congresso de conservadores na cidade. O Itamaraty e o Palácio do Planalto acompanham de perto o evento, atentos ao tom que o argentino adotará em seu discurso. Há especulações de que ele abordará as eleições argentinas e a suposta interferência do governo brasileiro. A expectativa é que Milei não escale os insultos contra Lula, evitando uma resposta diplomática dura do Brasil. A relação diplomática entre os dois países já é tensa, apesar de recentes colaborações comerciais, como a ajuda brasileira em questões de gás para a Argentina. A visita de Milei, mesmo que privada, é vista com cautela pelo governo brasileiro, que monitora de perto os desdobramentos e possíveis impactos nas relações bilaterais.

*Com informações do repórter Bruno Pinheiro

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