Sobe para 25 o número de mortos em explosões de walkie-talkies do Hezbollah

Explosões sem precedentes foram atribuídas a Israel e o grupo paramilitar terrorista islâmico já avisou que irá retaliar o Estado judeu

  • Por Jovem Pan
  • 19/09/2024 10h38 - Atualizado em 19/09/2024 10h38
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EFE/EPA/FRANCK ROBICHON Osaka (Japan), 19/09/2024.- A view of the radio model IC-V82 device by Japanese walkie-talkie maker Icom Inc. shown at the company head office in Osaka, western Japan, 19 September 2024. Japanese firm Icom Inc. announced on its website on 19 September that it was investigating reports that device with the company logo exploded in Lebanon. The company stated that the IC-V82 radio model, reportedly involved in the recent blasts, was discontinued around 10 years ago. (Japón, Líbano) EFE/EPA/FRANCK ROBICHON Ontem à tarde, vários walkie-talkies explodiram em cadeia em diferentes partes do Líbano

O número de mortos nas últimas explosões de walkie-talkies no Líbano aumentou nesta quinta-feira (19) para 25, enquanto o total de feridos subiu para cerca de 600, deixando um total de 37 mortos nas duas séries de explosões de dispositivos de comunicação que pertenciam a membros do Hezbollah nos últimos dois dias, segundo anunciou o Ministério da Saúde Pública líbanês. O chefe do departamento governamental, Firas Abiad, explicou em coletiva de imprensa que as detonações ocorridas ontem foram de maior intensidade e tiveram maior “impacto nas vítimas”, deixando 25 mortos e 608 feridos, dos quais 61 permanecem em unidades de terapia intensiva.

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Ontem à tarde, vários walkie-talkies explodiram em cadeia em diferentes partes do Líbano, depois de uma primeira onda de detonações simultâneas na terça-feira ter afetado milhares de pagers de membros do grupo xiita libanês. Em relação à primeira onda, Abiad esclareceu que o número de feridos foi de 2.323 e não cerca de 2.800 como inicialmente relatado, uma vez que as autoridades contaram duas vezes algumas das vítimas depois de terem sido transferidas para outros hospitais. Destes, 824 foram atendidos em serviços de urgência e os demais necessitaram de internação em diferentes centros do país, onde cerca de 1.343 ainda permanecem com ferimentos graves ou moderados, acrescentou o ministro.

O responsável pela Saúde Pública do Líbano esclareceu que o número de mortos de terça-feira permanece inalterado, em 12, fazendo com que o saldo das duas ondas de explosões seja de 37 mortos e pouco mais de 2.900 feridos. “Isto é considerado um crime de guerra, porque os mártires morreram em áreas civis, não em frentes de guerra”, denunciou Abiad, salientando que o governo libanês pagará pelo tratamento de todas as vítimas. Estas explosões sem precedentes foram atribuídas a Israel e o Hezbollah já avisou que irá retaliar o Estado judeu, por se tratar do incidente com mais vítimas desde o início dos confrontos fronteiriços entre as partes, há quase um ano.

*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte

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