Sobe para 40 o número de mortos em incêndio em centro de detenção migratório no México

Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, responsabiliza um protesto de migrantes pelo acidente

  • Por Jovem Pan
  • 28/03/2023 14h35 - Atualizado em 28/03/2023 16h51
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EFE/Luis Torres morte no mexico Fotografia dos corpos de migrantes caídos durante um incêndio nas instalações do Instituto Nacional de Migração (INM), na noite de 27 de março de 2023

Subiu para 40 o número de mortos em incêndio no em um incêndio em um posto do Instituto Nacional de Migração (INM) em Ciudad Juárez, na fronteira com os Estados Unidos, informou o porta-voz da Presidência do México, Jesús Ramírez Cuevas. “O presidente López Obrador lamentou a morte de 40 migrantes devido a um incêndio em um albergue em Ciudad Juárez, Chihuahua”, disse Ramírez Cuevas em suas redes sociais. A declaração de Cueva vem após as autoridades terem informado que o número de mortos eram 39 pessoas e feridos 29. O jornal ‘El Novedades’ já fala em 41 mortos, mas essa informação não foi confirmada. Segundo a FGR, os imigrantes identificados “são das seguintes nacionalidades: um colombiano, um equatoriano, 12 salvadorenhos, 28 guatemaltecos, 13 hondurenhos e 12 venezuelanos”, embora sem especificar os mortos e feridos. Em entrevista coletiva, o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador, detalhou que o incidente ocorreu às 21h30 de ontem (hora local, 1h30 de terça-feira em Brasília). O mandatário “informou que o acidente ocorreu por causa de um protesto e que o diretor do INM (Francisco Garduño) e a FGR (Procuradoria Geral da República) já estão investigando para apurar as responsabilidades”, segundo Ramírez Cuevas.

Antes do incidente, agentes do INM realizaram uma operação para remover das ruas migrantes que pediam esmola. López Obrador responsabilizou um protesto de migrantes pelo incêndio. “Isto teve a ver com um protesto que, supomos, começaram a partir do momento em que aprenderam que seriam deportados e, como protesto, colocaram colchonetes na porta do abrigo e os incendiaram”, declarou. A presença de migrantes na Ciudad Juárez intensificou este ano desde que os Estados Unidos anunciaram novas medidas, incluindo a deportação imediata de migrantes do Haiti, Venezuela, Nicarágua e Cuba que chegam por terra ao abrigo do Título 42. Segundo organizações civis mexicanas, 2022 foi o ano mais trágico para os imigrantes no México, pois cerca de 900 pessoas pensaram em tentar cruzar sem documentos do país para os Estados Unidos. A região vive um fluxo migratório recorde, com 2,76 milhões de imigrantes indocumentados detidos na fronteira EUA-México no ano fiscal de 2022.

 

*Com informações da EFE

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