Sul-coreano é preso por chantagear mulheres a filmar vídeos sexuais

As gravações eram vendidas em criptomoedas em uma sala de bate-papo do aplicativo de mensagens Telegram em esquema que envolvia pelo menos outros sete cúmplices

  • Por Bárbara Ligero
  • 27/11/2020 16h23
Reprodução/Pixabay Pessoa segurando celular Pelo menos dez mil pessoas pagaram para ter acesso aos vídeos que as mulheres eram coagidas a fazer

Nesta quinta-feira, 27, o sul-coreano Cho Ju-bin foi condenado a 40 anos de prisão por chantagear dezenas de mulheres, incluindo menores de idade, a gravar vídeos de conteúdo sexual explícito. O jovem de 24 anos foi julgado pelo Tribunal Distrital Central de Seul, que determinou a pena sob acusação de violação de leis de proteção de menores e organização de quadrilha. Cho Ju-bin admitiu que engava as mulheres para obter tais vídeos, que eram vendidos depois, mas negou ter chantageado ou coagido qualquer uma delas, ao contrário do que testemunharam as vítimas.

O sul-coreano foi indiciado em junho junto com outros sete cúmplices. Juntos, eles teriam produzido vídeos de abuso sexual de 74 vítimas, sendo 16 delas menores de idade, entre 2019 e 2020. O conteúdo ilegal era então distribuído no aplicativo de mensagens Telegram para os “clientes” que fizessem o devido pagamento em criptomoedas. Segundo a emissora de televisão britânica BBC, pelo menos 10 mil pessoas usaram o “serviço”, sendo que alguns chegaram a pagar até US$ 1 200. Quando foi detido pela primeira vez, Cho Ju-bin pediu desculpas às pessoas que foram feridas por ele e agradeceu: “Obrigado por colocarem um freio na vida de um demônio que não poderia ser interrompido”.

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