Trabalhadores italianos ameaçam bloquear portos contra passaporte sanitário que entra em vigor na sexta

Obrigatoriedade da comprovação da vacinação ou imunidade contra Covid-19 entra em vigor na sexta-feira

  • Por Jovem Pan
  • 13/10/2021 17h39 - Atualizado em 13/10/2021 17h42
EFE/EPA/RICCARDO ANTIMIANI Usando máscara, pessoas andam em locais públicos da Itália Obrigatoriedade do passaporte sanitário passa a valer na Itália nesta sexta

Um grupo de trabalhadores italianos realizou nesta quarta-feira, 13, uma manifestação em portos de cidades do país contra a obrigatoriedade do passaporte sanitário que entra em vigor na próxima sexta-feira 15, para todos os trabalhadores do país. Eles ameaçaram bloquear “todas as operações” do porto no dia da entrada em vigor da medida. “Todas as operações serão bloqueadas no porto de Trieste” (nordeste da Itália), disse Stefano Puzzer, porta-voz do sindicato dos trabalhadores da unidade. Os estivadores italianos, que também protestaram em outras cidades como Ancona, no leste do país, ameaçaram bloquear “quase todos os portos” contra o decreto do primeiro-ministro Mario Draghi, com diretrizes sobre a obrigação de todos os funcionários mostrarem seus passaportes sanitários a partir de sexta-feira.

Além dos protestos nos portos, outras manifestações estão previstas em cidades como Roma. O certificado de covid-19 confirma que alguém recebeu pelo menos uma dose da vacina contra o coronavírus, já teve a doença ou fez um teste negativo nas horas antes de sua apresentação. Para evitar o bloqueio, o Ministério do Interior italiano pediu às empresas portuárias que façam testes gratuitos aos seus trabalhadores. O preço de cada um deles na farmácia é, em média, € 15 (quase R$ 100). Por outro lado, os sindicatos responderam que só vão parar os protesto se a medida, que ficará em vigor pelo menos até o final do ano, for revogada. A estimativa é de que 2,5 milhões de trabalhadores não-vacinados tenham que fazer testes periódicos para poder emitir passaportes sanitários, podendo ser multados em até € 1,5 mil.

*Com informações da EFE

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