Trégua entre Israel e Hamas e libertação de reféns começará na sexta-feira

Grupo com até 50 pessoas, entre mulheres e crianças, começa a deixar a Gaza a partir das 11h (de Brasília); acordo que previa libertação nesta quinta foi adiado

  • Por Jovem Pan
  • 23/11/2023 11h41 - Atualizado em 23/11/2023 12h38
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EFE/EPA/ANDY RAIN reféns do hamas Membros da comunidade judaica do Reino Unido realizam uma manifestação de solidariedade em Londres, Grã-Bretanha

O acordo entre Israel e Hamas, que prevê uma trégua de quartro dias e a libertação de 50 reféns em troca de 150 presos palestinos de Israel, vai começar às 7h (2h em Brasília) desta sexta-feira, 24, anunciou o Catar, um dos mediadores do acordo, nesta quinta-feira, 23. Havia expectativa que o pacto, fechado nesta semana, começasse a valer na manhã desta quinta, contudo, foi adianto em um dia. A libertação de reféns está prevista para às 16h (11h no horário de Brasília). “A pausa começará às 7h de sexta-feira (…) e o primeiro grupo de reféns civis será entregue aproximadamente às 16h do mesmo dia”, informou Majed al Ansari, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, especificando que treze mulheres e crianças serão libertadas. Israel e Hamas confirmaram a informação catari.  O braço armado do grupo terrorita, as Brigadas Ezzedin al Qasam, escreveu em um comunicado: “A trégua estará em vigor durante quatro dias, começando na manhã de sexta-feira, e inclui a interrupção de todas as operações militares das Brigadas Qasam e da resistência palestina, e também do inimigo sionista durante toda a duração da trégua”, disse o grupo, que especificou que um total de 50 reféns, mulheres e menores, serão libertados em troca da libertação de três prisioneiros palestinos por cada sequestrado.

O gabinete de do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, informou que recebeu uma “primeira lista de nomes” de reféns e que entrou em contato com os seus familiares. “Israel confirma que recebeu uma primeira lista de nomes. Os responsáveis estão verificando os detalhes da lista e estão em contato com todas as famílias”, informou o gabinete de Netanyahu, sem especificar se referia-se a todos os reféns que poderiam ser libertados a qualquer momento durante o processo ou àqueles que poderiam ser libertados na sexta-feira. Apesar de incialmente o acordo ter um prazo de quatro dias de trégua, Israel se mostrou disposto a estender o prazo em mais um dia a cada 10 novos reféns liberados. Segundo Israel, 240 pessoas foram sequestras pelo hamas no dia 7 de outubro e, desde então, são mantidas como reféns. Até o momento, apenas 4 foram libertadas, sendo duas norte-americanas e duas israelenses. Segundo um funcionário de alto escalão da Casa Branca, entre as próximas pessoas a serem liberadas estão três americanos, incluindo uma menina de três anos. O grupo de sequestrados que está envolvido na negociação é composto por 30 crianças, 8 mães e 12 mulheres. Israel publicou uma lista de 300 prisioneiros palestinos que serão considerados, sem revelar quais serão liberados. A expectativa é que, por dias, sejam libertado entre 12 e 13 pessoas, segundo comunicado oficial do governo de Israel, que tem esperança de que, em breve, mais reféns sejam libertados.

Apesar do acordo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu,declarou que após o fim, seu país vai continuar realizando operações na Faixa de Gaza. “Estamos em guerra e continuaremos a guerra até alcançarmos todos os nossos objetivos: eliminar o Hamas, devolver todos os reféns e desaparecidos e garantir que não haverá ameaça a Israel em Gaza”, disse Netanyahu à imprensa, onde também comentou sobre a situação dos reféns e reforçou a necessidade e obrigação de Israel de resgatar todos que estão na região. “Não descansaremos até que todos retornem. A guerra tem etapas e o retorno dos reféns terá etapas”, acrescentou o primeiro-ministro israelense, que classificou a ação como uma ‘missão sagrada’. Segundo ele, os sequestradores ameaçam as pessoas com uma faca na garganta. “Não descansaremos até que todos retornem. A guerra tem etapas e o retorno dos reféns terá etapas”, acrescentou o primeiro-ministro israelense, que classificou a ação como uma ‘missão sagrada’. Segundo o premiê, essa pausa vai servir para seu exército se preparar para o ‘reinício da guerra’. “Todas as nossas forças estarão protegidas durante a pausa e a recolha de informações continuará”, afirma. Segundo o ‘Channel 12’ o processo de libertação vai ser dividido em cinco etapas. Primeira: entregar dos reféns para a Cruz Vermelha; Segunda: transferência dos sequestrados para as Forças Armadas Israel; Terceira: verificação médica inicial, encaminhamento para centros médios isolados em Israel e encontro com os familiares; Quarta: autoridades médicas e de defesa decidirão se alguns podem ser interrogados; Quinta: reféns vão ser interrogados pelas autoridades de segurança.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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