Trump depõe nesta quinta sobre suposta conspiração nas eleições de 2020

Audiência está prevista para as 16h (17h de Brasília); é a terceira acusação em poucos meses contra o magnata republicano

  • Por Jovem Pan
  • 03/08/2023 09h40 - Atualizado em 03/08/2023 11h43
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Ed Jones/AFP/Getty Images Donald Trump discursou para apoiadores após audiência em Miami Trump é acusado de conspirar para tentar reverter o resultado das eleições de 2020

O ex-presidente norte-americano Donald Trump comparece nesta quinta-feira, 3, a um tribunal de Washington para depoimento sobre a acusação de ter conspirado para tentar reverter o resultado das eleições de 2020. O promotor especial Jack Smith acusa Trump de “minar as bases da democracia americana” ao tentar alterar a apuração dos votos. O tribunal fica perto do Capitólio, a sede do Congresso dos Estados Unidos, que foi atacado por centenas de partidários de Donald Trump em 6 de janeiro de 2021 em uma tentativa de impedir a certificação da vitória de Joe Biden. O ataque foi “incentivado pelas mentiras” que Trump divulgou durante meses sobre uma suposta fraude eleitoral a favor de Biden, declarou Smith depois de anunciar o indiciamento. A audiência está prevista para as 16h (17h de Brasília). O promotor afirmou que deseja um “julgamento sem demora”, o que significa que poderia coincidir com a campanha das eleições presidenciais de 2024, e talvez com Trump como candidato. No momento, ele é o grande favorito das primárias republicanas.

A Promotoria da Geórgia também investiga se o ex-presidente tentou alterar ilegalmente o resultado das eleições de 2020 no estado do sul do país. As outras acusações criminais apresentadas contra Trump este ano, uma por fraude contábil após pagamento a uma atriz pornô para comprar seu silêncio e outra por ter colocado em perigo a segurança nacional com a gestão negligente de documentos confidenciais, correspondem a um período anterior e posterior a seu mandato.

O ex-presidente diz ser vítima de uma “caça às bruxas”, uma nova “interferência eleitoral” e o “uso político” da justiça para impedir sua candidatura. E insiste, sem apresentar qualquer prova, que uma “fraude” ocorreu em 2020. Nesta quarta-feira, ele se mostrou combativo ao afirmar que “nunca antes tive tanto apoio”, em uma mensagem publicada em sua plataforma Truth Social. Ele mantém uma vantagem considerável nas pesquisas para a indicação republicana à Casa Branca, muito à frente do governador da Flórida, Ron DeSantis.

* Com informações da AFP

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