Trump diz que deve ser preso na terça-feira e convoca protestos de apoiadores
Republicano escreveu em seu perfil na rede social Truth Social que “o principal candidato republicano e ex-presidente dos Estados Unidos da América será preso” se referindo a si mesmo
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse que deve ser preso na próxima terça-feira, 21, e convocou protesto de apoiadores em seu perfil na rede social Truth Social neste sábado, 18. Trump afirmou que pretende disputar as eleições em 2024. “O principal candidato republicano e ex-presidente dos Estados Unidos da América será preso na terça-feira da próxima semana. Protestem, recuperem nossa nação!”, escreveu, referindo-se a si mesmo em terceira pessoa. Os rumores sobre uma possível acusação criminal contra o ex-presidente americano cresceram nos últimos dias. A investigação é liderada pelo procurador distrital do estado de Nova York, Alvin Bragg. O ex-chefe de Estado se referiu a um “vazamento” do escritório do procurador para o bairro de Manhattan. Nos EUA, os promotores podem apresentar testemunhas e provas em um painel de cidadãos chamado de “grande júri”. O mesmo decide se existe um caso a ser respondido. Trump pode se tornar o primeiro presidente americano acusado de um crime, o que prejudicaria o republicano na corrida pela Casa Branca.
Um de seus advogados, Joseph Tacopina, disse à imprensa que o ex-presidente vai comparecer à Justiça de Nova York caso seja acusado. Apesar de vários processos judiciais, o republicano nunca foi indiciado. A investigação mira um pagamento de US$ 130.000 efetuado duas semanas antes da eleição presidencial de 2016 a uma atriz pornô, conhecida como Stormy Daniels. O pleito foi vencido por Trump. Segundo as investigações, o pagamento foi realizado para impedir a mulher, cujo o nome verdadeiro é Stephanie Clifford, de dizer que havia tido um relacionamento com o ex-presidente anos atrás, algo negado por Trump diversas vezes e alegou que as acusações possuem motivação política. Na postagem deste sábado, ele disse que a investigação está “baseada em um conto de fadas antigo e completamente desacreditado (por muitos outros promotores!)”. Daniels se reuniu com promotores na quarta-feira, 15. De acordo com seu advogado, Charles Brewster, ela “concordou em estar disponível como testemunha, ou para uma investigação mais aprofundada, se for necessário”. No início do mês, a equipe de Bragg deu a oportunidade de Trump testemunhar. Porém, todos acreditam que o republicano recuse com o intuito de evitar se incriminar. Michael Chen, ex-advogado do ex-presidente, testemunhou perante o grande júri. O pagamento teria sido efetuado por Cohen, que afirma ter sido reembolsado em seguida. Se não contabilizado, pode resultar em uma acusação de um crime menor com relação a falsificação de registros comerciais.
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