Trump pede ‘prisão por traição’ de deputado que lidera processo de impeachment

O processo de impeachment foi aberto na última terça-feira (24) pela presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, após revelação de conversas entre o líder americano e o presidente da Ucrânia

  • Por Jovem Pan
  • 30/09/2019 14h19 - Atualizado em 30/09/2019 14h19
EFE O presidente dos Estados Unidos Donald Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atacou nesta segunda-feira (30) o deputado democrata Adam Schiff, um dos líderes do processo de impeachment contra ele, e pediu a prisão do congressista pelo crime de “traição”.

O chefe de Estado condenou o líder do Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes americana, por causa de uma declaração no Congresso, em que o deputado relatava o que seria o conteúdo da ligação entre Trump e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski.

“O congressista Adam Schiff inventou um depoimento falso e terrível, fingindo que eu teria falado aquilo, como a parte mais importante do meu telefonema com o presidente ucraniano. E leu isso em voz alta para o Congresso e para o povo americano. Isso não tem qualquer relação com o que eu disse na ligação. Prisão por traição?”, escreveu Trump no Twitter.

Na última terça-feira (24), a presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, anunciou a abertura de processo de impeachment contra o presidente do país, por causa do telefonema com Zelenski, em que pediu para que fossem investigados o ex-vice-presidente Joseph Biden e sua família.

“O informante não sabia de nada. Sua descrição de segunda mão é uma fraude. O informante falso não se sustenta. É, sobretudo, sobre o telefonema ao presidente ucraniano, que, em nome da transparência, imediatamente divulguei no Congresso e ao público”, escreveu Trump.

No dia 25 de julho, Trump pediu a Zelenski que trabalhasse com seu advogado pessoal, Rudy Giuliani, ex-prefeito de Nova York, e com o procurador-geral dos EUA para investigar a conduta de Biden, vice-presidente no governo de Barack Obama e um dos principais candidatos às primárias democratas para as eleições de 2020.

O alvo, na verdade, era o filho do ex-vice-presidente, Hunter Biden, que assessorou uma empresa de gás ucraniana.

Dias depois da ligação, Trump ordenou a suspensão de um repasse de US$ 400 milhões em assistência militar para a Ucrânia, um movimento que os democratas consideram como uma tentativa do presidente de pressionar Zelenski a atender seu pedido.

*Com informações da EFE

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