‘Trump tentou encobrir crimes de campanha’, afirma promotor do caso de suborno a atriz pornô
Alvin Bragg informou que o republicano se tornou réu de três acusações relacionadas com o pagamento de propinas em troca do silêncio de pessoas antes das eleições presidenciais de 2016
Em discurso após a audiência do ex-presidente Donald Trump, o promotor Alvin Bragg, afirmou que o republicano mentiu e fez falsificações de registros para tentar encobrir crimes de campanha. “Trump foi detido sobre 34 acusações de falsificação de registro que podiam estar encobrindo outros crimes. O acusado fez falsas declarações e fez com que outras pessoas dessem declarações falsas”, afirmou Bragg que enfatizou que o pagamento de US$ 130 mil dólares para a atriz pornô Stormy Daniels é apenas um deles. “Não tem a ver com um pagamento e sim com as 34 declarações falsas que estavam escondendo outra contunda criminal e promovendo candidatura de meios ilegais”, acrescentou o promotor que se tornou o primeiro a indiciar um presidente dos Estados Unidos – algo inédito na história do país. Segundo Bragg, Trump se tornou réu de três acusações relacionadas com o pagamento de propinas em troca do silêncio de pessoas antes das eleições presidenciais de 2016. Um porteiro da Trump Tower que dizia ter informações sobre um suposto filho ilegítimo recebeu US$ 30 mil (R$ 98 mil aproximadamente à época) para ficar em silêncio; uma mulher que diz ter sido sua amante cobrou US$ 150 mil (cerca de R$ 490 mil à época) e a atriz pornô, outros US$ 130 mil por ocultar um suposto relacionamento extraconjugal, detalhou o promotor Alvin Bragg em nota à imprensa.
“De acordo com a lei do estado de Nova York, é crime falsificar registros comerciais com a intenção de fraudar e ocultar outro crime. É exatamente disso que se trata este caso: 34 declarações falsas feitas para encobrir outros crimes”, explicou o promotor, que fez questão de enaltecer que “não importa quem você seja, não podemos e não iremos normalizar condutas criminosas grave”. Com isso, o magnata de 76 anos terá que passar por um julgamento, que terá consequências imprevisíveis para sua candidatura à presidência nas eleições de 2024. O juiz Juan Merchan o indiciou por 34 acusações relacionadas à falsificação de registros comerciais no pagamento de US$ 130 mil (cerca de R$ 420 mil à época) à estrela pornô Stormy Daniels na reta final da campanha às eleições presidenciais de 2016 para que ela se calasse sobre um suposto caso extraconjugal, ocorrido dez anos antes e que ele sempre negou. Merchan acrescentou, durante a audiência de uma hora, que um julgamento poderia começar em janeiro de 2024 e liberou o ex-presidente da custódia. Segundo a promotoria, Trump se tornou réu de três acusações relacionadas com o pagamento de propinas em troca do silêncio de pessoas antes das eleições presidenciais de 2016.
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