Tufão no Vietnã deixa rastro de destruição e 26 desaparecidos

Os ventos de até 135 km/h causaram a morte de três pessoas e destruíram as casas de uma região que já havia sido fortemente afetada por alagamentos e deslizamentos de terra nos últimos dias

  • Por Jovem Pan
  • 28/10/2020 15h22 - Atualizado em 28/10/2020 15h23
EFE/EPA/STR Homem atravessa de scooter uma ponte quase alagada na cidade turística de Hoi An

Nesta quarta-feira (28), por volta das 2h no horário de Brasília, o Vietnã foi atingido pelo tufão Molave, que chegou com ventos de até 135 km/h. Três pessoas morreram, sendo que duas delas faleceram ao cair dos telhados de suas casas em Quang Ngai, no noroeste do país. O terceiro óbito foi registrado em uma província vizinha, Gia Lai, onde uma parede desabou sobre um homem. Além disso, dois barcos, com 26 pescadores à bordo, estão desaparecidos deste terça-feira (27), quando perderam contato com terra firme durante seu retorno à costa.

No dia anterior à chegada do tufão, que já havia deixado três mortos e nove desaparecidos ao passar pelas Filipinas, centenas de milhares de vietnamitas foram retiradas de áreas de risco. Esta é a quarta tempestade a atingir o país no último mês, quando enchentes e avalanches mataram um total de 130 pessoas e causaram o desaparecimento de outras 20. Segundo a Federação Internacional da Cruz Vermelha (IFRC), antes mesmo da chegada do Molave mais de 1,2 milhão de casas já estavam destruídas por causa das chuvas.

Por esse motivo, a organização pediu uma ajuda internacional de 4,2 milhões de dólares, que seria destinada a centenas de milhares de pessoas que precisam de abrigo, água potável, alimentos e atendimento médico. Pelo menos 150 mil pessoas correm risco de passar fome depois de tempestades anteriores destruírem milhares de hectares de plantações e matarem mais de dois milhões de cabeças de gado, além de aves.

A província de Quang Ngai, uma das mais afetadas pelo tufão Molave, guarda a extremamente turística cidade de Hoi An. Cortada por canais, ela recebe o apelido de “Veneza da Ásia” e também é famosa por seu conjunto de casas históricas, consideradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco, e pelas ruas iluminadas por coloridas lanternas de seda. Imagens mostram que a cidade está alagada, com o nível da água quase ultrapassando a altura das pontes que atravessam os canais. Ainda não se sabe se as construções antigas sofreram danos.

*Com informações da EFE

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