Turquia pede a prisão de duas ex-autoridades sauditas por assassinato de jornalista

  • 05/12/2018 15h35 - Atualizado em 05/12/2018 15h40
Reprodução/Facebook Jornalista foi morto em 2 de outubro. Seu corpo ainda não foi encontrado e autoridades sauditas sugerem que um colaborador turco tenha ajudado a se livrar do corpo

O governo da Turquia engrossou ainda mais o discurso contra a Arábia Saudita. Agora, um tribunal turco emitiu mandados de prisão contra o ex-assessor real e o vice chefe da Inteligência sauditas.

A prisão foi decretada com base na suspeita de que ambos teriam supervisionado o grupo que assassinou o jornalista Jamal Khashoggi em 2 de outubro deste ano.

Além disso, a Turquia reiterou o pedido de extradição dos 18 suspeitos de envolvimento no caso, incluindo 15 pessoas que fariam parte de um esquadrão da morte.

A decisão mantém a posição adotada pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, de que apenas um julgamento na Turquia levaria os assassinos a serem responsabilizados. Isso porque o governo saudita, segundo autoridades turcas, não tem cooperado integralmente com a investigação.

Arábia Saudita não inspira confiança

De acordo com um funcionário do alto escalão do governo turco, quando o assunto é o assassinato do jornalista, as autoridades sauditas não são bem vistas por outros chefes de Estado. “A comunidade internacional parece duvidar do compromisso da Arábia Saudita de processar esse crime hediondo”, disse.

O funcionário, que preferiu não se identificar, sugere ainda que extraditar os suspeitos pode “atender as expectativas” da comunidade internacional.

Até o momento, a Arábia Saudita prendeu 21 pessoas e diz estudar aplicar a pena de morte para pelo menos cinco suspeitos. Até o momento, o corpo de Khashoggi não foi encontrado. Para os sauditas, um colaborador local pode ter ajudado no descarte do corpo.

*com informação de Estadão Conteúdo

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