Ucrânia recupera região de Kharkiv e avança até fronteira com a Rússia
Conquista sinaliza uma nova mudança de impulso em favor dos ucranianos quase três meses depois do início da guerra
As tropas ucranianas anunciaram que retomaram o controle de uma parte da região de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia e que faz fronteira com a Rússia. Em um comunicado, o Ministério da Defesa afirmou que obtiveram ganhos em contra-ataques no nordeste do país e “expulsaram os russos e seguiram para a fronteira”. Essa conquista sinaliza uma nova mudança de impulso em favor dos ucranianos quase três meses depois do início de um conflito.
O Ministério da Defesa da Ucrânia também declarou que o 227º Batalhão da 127ª Brigada das Forças de Defesa Territoriais da Ucrânia chegou à fronteira com a Rússia. “Juntos para a vitória!”, disse. Em vídeo publicado, o órgão mostra soldados armados diante de um posto de fronteira pintado de azul e amarelo. “Estamos orgulhosos dos nossos soldados que restauraram o símbolo da fronteira. Agradecemos a todos que, arriscando suas vidas, estão libertando a Ucrânia dos invasores russos”, escreveu no Telegram o governador da região de Kharkiv, Oleg Sinegubov. O assessor do Ministério do Interior, Vadym Denisenko, declarou em entrevista televisiva que os contra-ataques ucranianos na região “não podem mais ser interrompido… Graças a isso, podemos ir para a retaguarda do grupo de forças russas”, disse. Diante das novas escaladas da guerra, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse no domingo que a Ucrânia pode vencer a guerra, um resultado que poucos analistas militares previram quando a Rússia invadiu a Ucrânia.
No domingo, o conselheiro da presidência ucraniana Oleksiy Arestovich anunciou que as ofensivas de Moscou em Donbass estagnou, no entanto, o governador da região de Luhansk, Serhiy Gaidai, disse que a situação “continua difícil”, com as forças russas tentando capturar a cidade de Sieverodonetsk. Segundo ele, o território em Luhansk controlado por separatistas apoiados pela Rússia, declararam uma mobilização geral, acrescentando que era “ou lutar ou levar um tiro, não há outra escolha”.
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