UE classifica caso Navalny como ‘inaceitável’; Otan pede investigação imparcial

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), também através de um representante, também condenou o caso e pediu que a Rússia seja investigada da maneira mais transparente possível.

  • Por Jovem Pan
  • 04/09/2020 11h21
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EFE/Yuri Kochetkov YURI KOCHETKOV/EFE Alexei Navalny foi envenenado

O caso de Alexei Navalny, opositor russo que foi envenenado por uma substância tóxica que pertence ao grupo Novichok, no final de agosto, segue repercutindo internacionalmente. Nesta sexta-feira, 4, a União Europeia classificou o ocorrido como “inaceitável”. “O uso de armas químicas é completamente inaceitável em quaisquer circunstâncias, constitui uma violação grave do direito internacional e dos padrões internacionais de direitos humanos”, disse o chefe de relações exteriores da UE, Josep Borrell. “A União Europeia apela a uma resposta internacional conjunta e reserva-se o direito de tomar as medidas adequadas, incluindo através de medidas restritivas”, completou.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), também através de um representante, também condenou o caso e pediu que a Rússia seja investigada da maneira mais transparente possível. “Não é apenas um ataque a um indivíduo, mas também um ataque aos direitos democráticos fundamentais”, disse Jens Stoltenberg, secretárgio-geral do órgão. “Esta é uma violação flagrante do direito internacional e requer uma resposta internacional”, completou.  Desta forma, a pressão sobre o presidente Vladimir Putin aumenta. Nesta semana, o Reino Unido já havia cobrado uma resposta do Kremlin. “O governo russo tem um caso claro para responder. Deve contar a verdade sobre o que aconteceu a Navalny”, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Dominic Raab, por meio de um comunicado enviado à imprensa na última quarta-feira, 2.

A comprovação de que Navalny foi, de fato, envenenado aconteceu no começo desta semana, quando o  porta-voz o governo da Alemanha, Stefen Seibert, afirmou o líder opositor foi envenenado por uma substância utilizada para a produção de armas químicas pertencente ao grupo do agente tóxico Novichok. As informações, segundo o integrante do governo liderado pela chanceler Angela Merkel, são baseadas nos exames realizados pelo Hospital Universitário La Charité, em Berlim, para onde o político foi transferido. O opositor segue internado em estado grave, porém estável.

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