Universidades de Bangladesh reabrem após terem sido fechadas há um mês devido à dura repressão aos protestos estudantis

Maioria dos centros educacionais celebrou hoje o primeiro dia de aulas; manifestações terminaram com a fuga da ex-primeira-ministra Sheikh Hasina para Nova Delhi

  • Por Jovem Pan
  • 18/08/2024 14h05
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LUIS TATO / AFP bangladesh Estudantes universitários assistem a uma aula de matemática pela primeira vez em semanas durante a reabertura das escolas após uma longa paralisação devido à violência em torno dos protestos antigovernamentais que resultaram na renúncia de Sheikh Hasina na Viqarunnisa Noon School and College em Dhaka

A maioria das universidades de Bangladesh reabriram neste domingo (18) pela primeira vez após ficarem fechadas por um mês por causa de uma onda de violência devido à dura repressão aos protestos estudantis, que terminou com a fuga do país da ex-primeira-ministra Sheikh Hasina. Junto com as universidades, a maioria dos centros educacionais celebrou hoje o primeiro dia de aulas em um mês, o que encheu as ruas de estudantes uniformizados e trouxe de volta um espetáculo que havia desaparecido nas últimas semanas. No entanto, algumas universidades públicas autônomas, que são regidas por leis separadas, não puderam retomar as aulas neste domingo devido à ausência de funcionários importantes, que renunciaram aos seus cargos após a queda de Hasina, no último dia 5. O governo de Sheikh Hasina decretou o fechamento por tempo indeterminado de todas as escolas e universidades em Bangladesh em 17 de julho, um dia após terem sido registradas as primeiras seis mortes durante os protestos estudantis antigovernamentais que levaram à renúncia da antiga mandatária.

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Hasina fugiu para Nova Delhi, onde alegadamente permanece protegida pelo governo da Índia, e seus planos futuros são desconhecidos. A ex-primeira-ministra foi acusada em quase uma dúzia de casos de violência e vários dos seus colaboradores foram presos. Este movimento estudantil começou pacificamente em 1º de julho para protestar contra um sistema de cotas trabalhistas que beneficiava os apoiadores do governo da Liga Awami, partido de Hasina. Mas os protestos tornaram-se violentos duas semanas depois, quando começaram a ser duramente reprimidos pelas forças de segurança, e deram origem a uma revolta de rua que acabou com a saída de Hasina do poder.

*Com informações da EFE
Publicado por Sarah Américo

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