Uruguai planeja enviar vacina da AstraZeneca para fronteira com Brasil

Governo uruguaio diz ter investigado casos de trombose causados pelo imunizante, mas assegura que ‘benefícios superam os riscos’

  • Por Jovem Pan
  • 08/04/2021 01h09
EFE/EPA/OXFORD UNIVERSITY Dose de vacina em primeiro plano. Ao fundo, uma pessoa sendo vacinada Vacina da Astrazeneca será utilizada em região de fronteira contra o Brasil

O governo do Uruguai vem considerando a possibilidade de enviar as 48 mil doses de vacinas da AstraZeneca recebidas no último domingo, 4, para a fronteira com o Brasil, revelou nesta quarta-feira, 7, o ministro da Saúde Pública, Daniel Salinas. Após a análise que os especialistas fizeram da vacina do laboratório anglo-sueco e dos problemas causados em alguns países, com o surgimento de alguns casos de trombose, o chefe da pasta da saúde concluiu que os benefícios superam os riscos “de longe” e que a recomendação é usá-la em pessoas com mais de 60 anos.

“Com 48 mil (doses) podemos reforçar um programa particular, como aumentar ou incrementar a imunização nos centros de vacinação de fronteira”, declarou Salinas, que participou de entrevista coletiva na sede do governo ao lado do presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e do secretário da Presidência, Álvaro Delgado. O ministro, neurologista de formação, afirmou que apenas 205 casos de trombose foram encontrados, particularmente em mulheres com menos de 55 anos, entre as 34 milhões de vacinas administradas em todo o mundo. “Portanto, (a vacina da AstraZeneca) é considerada eficaz, segura e com um alto nível de proteção na primeira dose”, frisou.

O governo uruguaio, que iniciou seu plano de vacinação em 1º de março, considera o progresso da campanha positivo. Quase 26% da população, ou sejam 911.325 pessoas, já recebeu pelo menos uma das duas doses da CoronaVac ou da vacina do laboratório americano Pfizer. Desde 13 de março de 2020, quando foi declarada emergência sanitária no país devido ao coronavírus, o Uruguai computou 126.987 casos, 26.919 deles ainda ativos, com 1.231 mortes por Covid-19, 40 delas nas últimas 24 horas.

*Com informações da EFE

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