Usina nuclear de Zaporizhzhia tem reator desconectado, informa agência internacional

Paralisação ocorre após bombardeio no conflito entre Rússia e Ucrânia; segundo equipamento mantém eletricidade na instalação

  • Por Jovem Pan
  • 04/09/2022 07h55 - Atualizado em 04/09/2022 11h03
HANDOUT / MAXAR TECHNOLOGIES / AFP usina nuclear de zaporizhzhia Usina nuclear de Zaporizhzhia e arredores mostram danos recentes no telhado de um prédio adjacente a vários reatores nucleares

A usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, ocupada pela Rússia desde março deste ano, perdeu mais uma vez neste sábado, 3, sua principal conexão elétrica com o exterior e teve que desconectar novamente um dos reatores que seguem operacionais, conforme divulgou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O órgão das Nações Unidas, que conta desde quinta-feira com inspetores na central, foi informada da desconexão da linha principal de energia, embora a instalação siga fornecendo eletricidade através de uma reserva. Essa conexão também pode abastecer de energia a usina, caso seja necessário. Além disso, foi desconectado novamente o reator número 5, que começou a funcionar depois de ter sido paralisado neste sábado devido a um bombardeio contra a usina, indica a AIEA, em comunicado. A Agência ainda indica que os inspetores no local recebem informações diretamente dos funcionários ucranianos que ainda administram a central.

Outro reator segue operacional e fornece energia elétrica, tanto para a refrigeração e outros mecanismos de segurança, como para consumo de residências e empresas. O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, que visitou dois dias atrás a usina, afirmou em comunicado que a equipe no terreno recebe informação “direta, rápida e confiável” sobre o que ocorre na usina. “Trata-se de uma informação crucial para avaliar a situação geral da central”, disse o argentino na nota oficial. Grossi emitirá na próxima semana um relatório sobre a situação da usina nuclear, a maior da Europa, que se tornou a principal preocupação da comunidade internacional em meio à guerra na Ucrânia.

*Com informações da EFE

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