Variante do coronavírus detectada na África do Sul não é mais mortal que outras, diz OMS

No entanto, a nova cepa, que já está presente em 50 países diferentes, possui uma capacidade de contágio maior e é mais resistente às vacinas de algumas farmacêuticas

  • Por Jovem Pan
  • 18/02/2021 14h36 - Atualizado em 18/02/2021 14h44
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EFE/EPA/JEAN-CHRISTOPHE BOT/Archivo Em entrevista coletiva, a OMS anunciou que não há indícios de que a cepa sul-africana cause quadros mais graves da Covid-19

A Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que não existem evidências de que a variante do novo coronavírus detectada pela primeira vez na África do Sul seja mais mortal do que as outras. Além disso, não há indícios de que ela cause um número maior de casos graves da doença ou seja mais difícil de diagnosticar. A diretora da Unidade Técnica contra a Covid-19 da OMS, Maria Van Kerkhove, explicou em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira, 18, que foi identificado apenas um aumento na capacidade de contágio. A conclusão da OMS é que a variante sul-africana, que já está presente em 50 países, pode ser controlada com as medidas de saúde públicas corretas.

Os estudos realizados pela OMS também concluíram que a variante do coronavírus detectada inicialmente na África do Sul possui uma resistência maior às vacinas desenvolvidas pelas farmacêuticas AstraZeneca, Novavax e Johnson & Johnson. Também na quinta-feira, 18, a revista científica New England Journal of Medicine publicou um relatório afirmando que a vacina contra a Covid-19 da PfizerBioNTech produz uma reação menor à essa nova cepa, apesar de ainda ser suficiente para neutralizar o vírus. As amostras de sangue utilizadas nos testes produziram cerca de dois terços menos atividade de anticorpos neutralizadores do que a que ocorre com o Sars-CoV-2 original, mas essa reação ainda assim foi suficiente para neutralizar a infecção, de acordo com o artigo.

*Com informações da EFE

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