Venezuela prende cidadãos dos EUA, Espanha e República Tcheca por suposta conspiração contra Maduro

A Espanha, assim como os Estados Unidos, refutou qualquer participação em uma operação de desestabilização política na Venezuela, que viu tensão diplomática crescer após eleição de Maduro

  • Por Jovem Pan
  • 17/09/2024 05h54 - Atualizado em 17/09/2024 05h54
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Reprodução/El País suspeitos de conspiração venezuela O presidente Maduro declarou que os detidos confessaram sua participação no crime e fez uma ironia ao chamá-los de "turistas terroristas"

Os governos dos Estados Unidos, da Espanha e da República Tcheca estão buscando esclarecimentos da Venezuela sobre a detenção de seus cidadãos, que foram presos sob a alegação de envolvimento em uma suposta conspiração contra o presidente Nicolás Maduro. A informação sobre as prisões foi divulgada pelo ministro do Interior, Diosdado Cabello, que confirmou que entre os detidos estão dois espanhóis, três americanos e um tcheco, todos com visto de turismo. O presidente Maduro declarou que os detidos confessaram sua participação no crime e fez uma ironia ao chamá-los de “turistas terroristas”. Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da Espanha requisitou informações oficiais sobre os dois cidadãos espanhóis e está em diálogo com as autoridades venezuelanas. A República Tcheca também se manifestou, pedindo detalhes sobre a situação.

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Os Estados Unidos, por sua vez, negaram qualquer envolvimento na suposta conspiração e estão acompanhando a evolução do caso. Os detidos foram identificados como José María Basoa e Andrés Martínez Adasme, da Espanha, Jan Darmovrzal, da República Tcheca, e os americanos Estrella David, Aaron Barren Logan e Wilbert Josep Castañeda. O governo venezuelano afirmou que foram apreendidos mais de 400 fuzis que estariam destinados a “atos terroristas”. A Espanha refutou qualquer participação em uma operação de desestabilização política na Venezuela. As prisões ocorreram em um contexto de crescente tensão entre Caracas e os governos dos EUA e da Espanha, especialmente após as eleições de 28 de julho, que resultaram na reeleição de Maduro, um processo que gerou controvérsias e levou o governo americano a impor sanções a 16 funcionários do chavismo.

A relação entre Madri e Caracas se deteriorou ainda mais com a chegada do opositor Edmundo González Urrutia à Espanha, onde pediu asilo. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, recebeu González, e o Parlamento espanhol aprovou uma resolução solicitando que o governo reconhecesse o opositor como vencedor das eleições. Em resposta a esses eventos, a Venezuela convocou sua embaixadora em Madri e expressou protestos contra as críticas à reeleição de Maduro.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Publicado por Marcelo Seoane

 

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