Venezuela retira convite para observadores da União Europeia nas eleições

Elvis Amoroso, presidente do Conselho Nacional Eleitoral e aliado do governo, declarou que a UE fez considerações que são de competência exclusiva dos venezuelanos

  • Por Jovem Pan
  • 29/05/2024 18h19
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Rayner Peña R/EFE Personagens participaram de uma marcha chavista em apoio ao presidente da Venezuela Nicolás Maduro Apoiadores de Nicolás Maduro fazem manifestação em favor do presidente venezuelano, que concorrerá ao terceiro mandato

A autoridade eleitoral venezuelana confirmou nesta quarta-feira (29) a decisão de cancelar o convite à União Europeia (UE) para atuar como observadora nas eleições presidenciais de 28 de julho. A decisão veio após o bloco solicitar a reconsideração da medida, o que foi qualificado como “hostil” pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Elvis Amoroso, presidente do CNE e aliado do governo, declarou que a UE fez considerações que são de competência exclusiva dos venezuelanos. Ele chamou o bloco europeu de “ator agressivo e tendencioso”, acusando-o de tentar interferir nas decisões do país-sul-americano. Na terça-feira (28), a União Europeia lamentou a revogação do convite e pediu ao CNE que reconsiderasse sua decisão. Em resposta, Amoroso afirmou que as decisões do CNE são tomadas com base na soberania nacional e que a revogação do convite se deve à atitude hostil do bloco contra a Venezuela.

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Em maio, a União Europeia manteve sanções contra 50 funcionários venezuelanos, mas suspendeu temporariamente as restrições contra Amoroso e outros três ex-diretores do CNE. O presidente do conselho havia chamado a suspensão das sanções de “chantagem”. Além da UE, a Venezuela convidou o Centro Carter, os Brics e a União Africana para observar as eleições. O presidente Nicolás Maduro buscará um terceiro mandato, o que o manteria no poder por 18 anos. Seu principal adversário é Edmundo González Urrutia, representante da principal aliança de oposição, substituindo María Corina Machado, que foi inabilitada pela Justiça. A UE enviou uma missão em 2021 para as eleições de prefeitos e governadores na Venezuela, que identificou melhorias no sistema de votação, mas também apontou irregularidades. A presença do bloco europeu terminou abruptamente após Maduro acusar a UE de abrigar “inimigos” e “espiões”.

*Com informações da AFP

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