Vítima do Talibã por defender educação de mulheres, Malala lamenta ‘crise humanitária’ no Afeganistão
Nobel da paz afirmou que mundo precisa tomar ‘posições corajosas’ para defesa de mulheres e meninas no país, dominado pelo Talibã
A Nobel da Paz Malala Yousafzai, que sobreviveu a um ataque de talibãs no ano de 2012 por defender a educação das mulheres, lamentou nesta segunda-feira, 16, que o Afeganistão esteja passando por uma “crise humanitária”. “Não podemos ver um país retroceder décadas ou séculos”, disse a ativista paquistanesa de 24 anos em uma entrevista ao canal britânico “BBC”. “Devemos tomar posições corajosas para defender mulheres e meninas”, acrescentou Malala, que aos 15 anos foi baleada na cabeça por um talibã quando voltava para casa em um ônibus escolar. Na época, a ativista recebeu tratamento médico no Reino Unido, onde se estabeleceu e estudou na Universidade de Oxford.
Malala também ressaltou que os líderes mundiais que “têm um importante papel a desempenhar neste momento e devem tomar posições corajosas para proteger os direitos humanos”. “Os países devem abrir suas fronteiras aos refugiados afegãos, às pessoas deslocadas”, declarou a ganhadora do Prêmio Nobel de 2014 (dividido com o ativista indiano Kailash Satyarthi). Apesar da ocupação dos Estados Unidos no país ocorrer desde o ano de 2001, algumas áreas do Afeganistão, principalmente na região rural, permaneceram sob o poder das forças insurgentes ao longo de décadas, o que explica o ataque feito à estudante e o avanço rápido das forças bem estabelecidas após a saída das tropas norte-americanas do local.
*Com informações da EFE
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