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“Você não pode me intimidar”, diz Hillary Clinton para Trump em novo livro

Hillary Clinton e Donald Trump durante segundo debate eleitoral nos EUA - EFE

Hillary Clinton revelará detalhes sobre as eleições norte-americanas em seu novo livro “What Happened” – “O que aconteceu?” em tradução livre para o português. Em um trecho divulgado pelo programa Morning Joe da MSNBC, a democrata diz que se arrepiou quando Donald Trump apareceu atrás dela durante o segundo debate presidencial e admitiu que não tem certeza se o tratou corretamente. “Saia de perto de mim, eu sei que você gosta de intimidar mulheres, mas você não pode me intimidar”, escreveu, ao relembrar o caso.

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O segundo debate entre Hillary e Trump, no dia 10 de outubro de 2016, aconteceu dias após a divulgação do vídeo em que Trump conversa com o apresentador Billy Bush e diz que pode fazer qualquer coisa a mulheres. “Pegue-as pela xoxot*. Você pode fazer qualquer coisa. Quando você é uma estrela, elas deixam você fazer isso.”, afirmou na ocasião. O áudio ameaçou a corrida da Casa Branca e desestabilizou os republicanos, mas Trump se recuperou.

Horas antes do debate, Trump organizou uma conferência de imprensa com Kathleen Willey, Juanita Broaddrick e Paula Jones,  e todas acusaram Bill Clinton, ex-presidente doa EUA e marido de Hillary, de comportamento sexual impróprio.

Ao que tudo indica, Hillary parece ter se arrependido por não ter sido mais agressiva às ameaças de Trump.

“Eu escolhi a opção A. Eu mantive a calma por lidar com homens difíceis durante toda minha vida”, escreveu. “Eu me pergunto se deveria ter escolhido a opção B. Certamente, seria melhor para a TV. Talvez eu tenha aprendido demais a lição de ficar calma, morder a língua, manter os punhos fechados, sorrir o tempo todo e manter a compostura para o mundo”, desabafa.

“What Happened” será lançado no dia 12 de setembro e promete ser um livro de memórias políticas mais surpreendente do que os anteriores escritos pela democrata. “Agora estou baixando a guarda”, escreve na introdução. Hillary atribui sua derrota a interferência russa e a decisão do ex-diretor do FBI, James Comey, de retomar a investigação do servidor de seu e-mail.

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