Zelensky denuncia concentração de tropas russas para atacar o Donbass

Presidente ucraniano promete lutar por ‘cada metro de terra’ do país e que estão se preparando para combates nas regiões separatistas

  • Por Jovem Pan
  • 30/03/2022 19h54 - Atualizado em 30/03/2022 20h54
Reprodução/Telegram/Zelenky - 21/03/2022 Zelenky pede apoio da população Zelensky tem feito discursos diários à população ucraniana para informar sobre situação da guerra

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, denunciou nesta quarta, 30, uma “concentração de tropas russas” para lançar novos ataques no Donbass, no leste do país, e disse que não acredita “em ninguém” ao mencionar a suposta retirada de tropas invasoras de Kiev e Chernihiv. “Sobre a suposta redução da atividade dos ocupantes nessas frentes, sabemos que isso não é um desvio, mas as consequências do exílio. Consequências do trabalho de nossos defensores. Mas também vemos que ao mesmo tempo há um reforço de tropas russas para novos ataques no Donbass. E estamos nos preparando para isso”, afirmou Zelensky em sua mensagem diária noturna. O Donbass é onde ficam as duas regiões separatistas da Ucrânia, Donetsk e Luhansk, que enfrentam o governo de Kiev em uma guerra civil desde 2014; a Rússia reconheceu a independência de ambas pouco antes do início da invasão.

O presidente ucraniano acrescentou que “não acreditamos em ninguém, em nenhuma construção verbal bonita. Há uma situação real no campo de batalha. E agora isso é o mais importante. Não vamos dar nada de presente. E vamos lutar por cada metro da nossa terra”. Há poucos dias, o Ministério da Defesa da Rússia informou que o foco passaria a se concentrar no Donbass. Sobre o processo de negociação em curso, declarou que “ainda são palavras. Por enquanto não há detalhes”. Zelensky mencionou que em nível diplomático conversou hoje por uma hora com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a quem agradeceu por um “novo pacote de ajuda humanitária de US$ 1 bilhão e mais US$ 500 milhões de apoio direto ao orçamento”, o que considerou “um ponto de inflexão”.

*Com informações da EFE

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