“Não poderia estar mais contente”, diz diplomata que saiu de Cuba em 1961

  • Por Agencia EFE
  • 20/07/2015 17h26

Washington, 20 jul (EFE).- Wayne Smith, um dos diplomatas americanos que viram o fechamento da embaixada em Cuba em 1961, passou o resto de sua carreira defendendo o diálogo entre os dois países e nesta segunda-feira viu realizado seu sonho ao contemplar a bandeira cubana tremulando no céu de Washington.

“Não poderia estar mais contente após tantos anos”, disse Smith à Agência Efe, enquanto tomava um mojito perto do bar Ernest Hemingway, situado no segundo andar da nova embaixada cubana em Washington.

O diplomata, de 83 anos, foi chefe do Escritório de Interesses americano em Havana entre 1979 e 1982, e ao longo de sua carreira denunciou o embargo imposto à ilha e a falta de relações bilaterais como uma estratégia errônea.

Por isso, hoje foi um dos 500 convidados pelo governo de Cuba à abertura da embaixada cubana, a mesma fechada em 1961, enquanto Smith e outros tantos diplomatas americanos abandonavam Havana após a ruptura de relações nesse ano.

“Sempre estive convencido que podíamos conseguir muito mais através das relações que através do isolamento”, declarou hoje à Efe.

“Achava que a política do embargo, de negar-nos a ter um diálogo, era completamente contraproducente. Podíamos conseguir muito mais com relações diplomáticas, e após 50 anos, ainda acredito nisso”, acrescentou.

Na cerimônia na embaixada de Cuba em Washington estiveram presentes artistas como o cantor Silvio Rodríguez e o ator Danny Glover, e legisladores como o congressista democrata Raúl Grijalva ou o senador republicano Jeff Flake, entre outros.

Dentro dos eventos da jornada, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, se reuniu na sede do Departamento de Estado com o chanceler cubano, Bruno Rodríguez.

Previamente à visita do chanceler Rodríguez ao Departamento de Estado, a primeira de um responsável da diplomacia cubana nessa sede desde a ruptura de relações, em 1961, hoje aconteceu a colocação da bandeira cubana, junto às dos demais países com os quais os EUA têm relações, no salão de entrada de dita instituição. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.