‘Não será obrigatória essa vacina, e ponto final’, diz Bolsonaro sobre imunização ao novo coronavírus

Presidente voltou a afirmar que imunização contra a Covid-19 não será forçada; sem citar Doria, Bolsonaro criticou ‘governador que se intitula o médico do Brasil’

  • Por Gabriel Bosa
  • 19/10/2020 12h35
Alex Silva/Estadão Conteúdo Este é o segundo corte no IPI para videogames e produtos eletrônicos em dois anos do governo de Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a afirmar na manhã desta segunda-feira, 19, que a imunização contra o novo coronavírus não será obrigatória no Brasil. Em conversas com apoiadores, Bolsonaro disse que a decisão é do governo federal, e que o seu “ministro [da Saúde] já disse claramente que não será obrigatória essa vacina, e ponto final”. Esta é a segunda manifestação de Bolsonaro nos últimos dias após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmar na sexta-feira, 16, que usaria medidas legais para tonar a vacinação contra a Covid-19 obrigatória no estado. “Tem um governador também aí que tá se intitulando o médico do Brasil, dizendo que ela será obrigatória. Repito: não será”, afirmou o presidente, sem citar o nome de Doria. Bolsonaro já havia rebatido a fala do governador neste sábado, 17, ao afirmar no Twitter que o Ministério da Saúde não irá forçar a imunização.

No vídeo divulgado nesta manhã, Bolsonaro também repetiu que a campanha de imunização será oferecida de forma gratuita pelo governo federal apenas depois da comprovação da eficácia da vacina. “Da nossa parte a vacinação, quando estiver em condições, depois de aprovada pelo Ministério da Saúde, e com comprovação científica, e assim mesmo ela tem que ser validade pela a Anvisa. Daí nos ofereceremos ao Brasil de forma gratuita, obviamente, mas repito: não erá obrigatória.” Ao comentar o questionamento de um dos apoiadores, que chamou a vacina de “desgraça”, Bolsonaro afirmou que o país que está oferecendo a imunização deve comprovar a sua eficácia. “Tem que ter comprovação científica. O país que está oferecendo essa vacina tem que primeiro vacinar em massa os seus, [para] depois oferecer para outros países”, disse.

 

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