Negociações nucleares serão retomadas na terça-feira em Viena, segundo Teerã
Teerã, 22 mai (EFE).- O alto negociador nuclear iraniano Abbas Araghchi afirmou nesta sexta-feira que as conversas que seu país mantém com as potências do Grupo 5+1 em Viena avançam a um ritmo “lento” e serão retomadas na próxima terça-feira na capital austríaca.
O vice-ministro das Relações Exteriores do país asiático se expressou assim na conclusão da quarta rodada de diálogos para redigir um acordo nuclear definitivo entre Irã e o bloco formado pelos EUA, França, China, Rússia, Reino Unido e Alemanha desde que em abril anunciou ter chegado a um princípio de acordo sobre o programa nuclear iraniano.
Araghchi descreveu o trabalho realizado nesta última rodada negociadora que terminou hoje como “lento” e explicou que apenas se tratou de apenas “fazer uma minuta do texto principal e seus apêndices” do que foi acordado por grupos de especialistas e diretores políticos das chancelarias dos países negociadores.
Além disso, nesta reunião também houve encontros específicos para tratar o assunto da eliminação das sanções econômicas que pesam sobre o Irã e as verificações internacionais que pesarão sobre o programa nuclear iraniano.
“Dadas as complexidades e sua ampla dimensão, redigir o texto é um trabalho muito lento”, ressaltou Araghchi.
O Irã e o Grupo 5+1 se deram como prazo até 1 de julho para redigir a redação de um acordo definitivo, uma data na qual a delegação iraniana assinalou em várias ocasiões que será plausível obter um texto completo.
No entanto, nas últimas jornadas, Irã e EUA embarcaram em um cruzamento de declarações e ameaças sobre a possibilidade de não aceitar um acordo em torno da exigência americana de que centros militares iranianos possam ser inspecionados por especialistas nucleares e a recusa categoricamente do Irã de aceitar essa prática.
Hoje mesmo o ministro iraniano de Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, insistiu que o Irã não cederá perante as “excessivas exigências ocidentais” e que seus negociadores respeitarão as linhas vermelhas estabelecidas pelo país. EFE
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