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Netflix e YouTube com (MUITA) moderação: assim será a vida com internet fixa limitada

Internet Netflix

Você está no celular gastando uns minutinhos no Facebook, enquanto sua banda preferida toca no Spotify. Inesperadamente, aquela temida notificação toma conta da tela: “você atingiu 100% da franquia de dados e sua internet teve a velocidade reduzida”. Pois é, com aval da Anatel, essa mesma medida de controle já está sendo implementada pelas operadoras em novos pacotes para a internet fixa, ou seja, estamos caminhando para o fim da era da “internet sem limites”.

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Ainda que exista uma chance do novo modelo de serviço ser barrado – um abaixo-assinado contra o limite na franquia de dados na banda larga fixa no serviço de petições Avaaz contava com mais de um milhão de assinaturas até este sábado (16) -, é importante nós termos uma noção mínima dos gigabytes que consumimos durante o mês, levando em conta a forma como usamos a internet. Senão, guardadas as devidas proporções, navegar será tão limitado quanto jogar um game em versão trial.

Mas vamos à prática. Como seremos afetados pela internet fixa limitada? Segundo pesquisa do Ibope Conecta de junho de 2015, o brasileiro passa cerca de 5 horas por dia na frente do computador. O tráfego de gigabytes pode variar bastante de acordo com o usuário, então vamos usar a estatística: com essa média, o simples navegar na web consome algo perto de 2 GB. Esse número pode parecer baixo, mas, no fim das contas, quando a sua franquia estiver nos últimos suspiros, acredite, será um problema.

A este usuário comum, que usa a internet para ler notícias, assistir a filmes, séries e vídeos aleatórios, vamos colocar à disposição um pacote de dados intermediário de 100 GB por mês, para termos noção do quanto ficamos limitados. Os serviços de streaming são os “vilões” do consumo – a Netflix, por exemplo, estima que um vídeo em HD de uma hora exija 3 GB, ou 7 GB se for Ultra HD. Isso significa que, se esse usuário navega cinco horas pela internet e assiste 30 minutos de Netflix por dia (estimativa conservadora, quem é assinante sabe bem), em HD, ele já ultrapassa os 100 Gb a que tem direito por contrato. Portanto, aqueles que adoram passar o final de semana inteiro vendo séries na Netflix, é bom que comecem a ir ao parque também.

Mas não é só a Netflix que vai precisar de um controle ferrenho. O YouTube também entra na lista, embora seu consumo de dados seja, em tese, menor. 20 minutos de vídeo batem a casa dos 450 MB. Considerando que a franquia de internet fixa já estaria estourada a essa altura, seria impossível gargalhar com a Kéfera ou o Porta dos Fundos. Shows na íntegra, nem pensar. Pra quem pira com alta qualidade de imagem, o cenário fica apocalíptico. Um vídeo do Youtube de 20 minutos em resolução 4K some com mais ou menos 2,2 GB.

Se a vida do usuário comum já fica difícil com 100 GB de franquia de dados por mês, imagina como fica a situação de um gamer inveterado. Baixar jogos pode esgotar o pacote muito depressa. Na plataforma Steam, uma das mais populares de games para PC, o download de um jogo com o que há de melhor em animação gasta pelo menos 10 Gb, mas pode passar tranquilamente dos 20 GB. Contando os 30 GB de navegação, restaria o suficiente para baixar três, talvez quatro jogos, sem assistir a sequer um capítulo de Game of Thrones. Ou seja, se os games são parte importante da sua rotina e você não pretende gastar horrores com internet fixa, prepare-se para jogar menos, bem menos.

E vale lembrar que os cálculos foram baseados em uma única pessoa. Quem compartilha o lar com família ou amigos, vai ter que dividir também os minguados dados…

*Os cálculos de consumo de dados de internet fixa foram baseados em pesquisa feita pelo canal Adrenaline, do YouTube

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