Neve e baixa participação marcam domingo de eleição no Japão

  • Por Agencia EFE
  • 14/12/2014 08h50

Tóquio, 14 dez (EFE).- As fortes nevascas em várias regiões do país e a baixa participação estão protagonizando o domingo de eleição no Japão, onde mais de 104 milhões de pessoas estão convocadas a votar para renovar a câmara baixa do parlamento.

Uma frente de frio e neve está afetando durante todo o fim de semana regiões do centro e do norte do país onde se registraram nevascas de mais de um metro e temperaturas em zonas montanhosas de 30 graus abaixo de zero, o que poderia estar afetando o comparecimento às runas.

A Agência Meteorológica Japonesa (JAMA) advertiu de problemas pelo congelamento da neve, principalmente na superfície das estrada, e pediu aos cidadãos que mantenham a precaução perante possíveis avalanches.

Esta frente de neve coincide com os pleitos antecipados convocados pelo primeiro-ministro, Shinzo Abe, cujo partido parte como favorito, embora a campanha não tenha despertado entusiasmo entre os eleitores.

Nesse sentido, a participação até as 16h (horário local, 3h de Brasília) se situava em 29,11%, 5,76 pontos abaixo do pleito de 2012, segundo os dados divulgados pelo Ministério do Interior japonês.

Nas eleições gerais dois anos atrás, a participação foi de 59%, a mais baixa desde a Segunda Guerra Mundial.

Nas eleições de hoje quase 1.200 candidatos de 15 partidos se apresentam para as 475 cadeiras da câmara baixa, controlada nos últimos dois anos pelo Partido Liberal-Democrata (PLD) de Abe e seus parceiros de governo, o budista Novo Komeito.

A legenda conservadora do primeiro-ministro poderia superar sua atual maioria e fortalecer seu poder depois que Abe propôs este pleito como um referendo a sua política econômica conhecida como “Abenomics”, um plano de agressivos estímulos monetários e um gigantesco gasto público que pretende tirar o Japão da deflação.

As últimas pesquisas apontam que o PLD conseguirá revalidar sua vitória e inclusive aumentar a maioria obtida em 2012, quando o partido do primeiro-ministro recuperou o poder após três anos na oposição. EFE

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