No Laos, Obama condena mísseis da Coreia do Norte e quer endurecer sanções

  • Por Estadão Conteúdo
  • 06/09/2016 09h01
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que os Estados Unidos trabalharão com seus aliados para endurecer as sanções contra a Coreia do Norte, após o país comunista realizar lançamentos de mísseis balísticos na última segunda-feira, 5. Obama avaliou, porém, que há espaço para diálogo se Pyongyang mudar o rumo de sua política.

Obama falou após se reunir, nesta terça-feira, 6, com a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye. A dupla participa de uma reunião da Associação de Nações do Sudeste Asiático. Ele ressaltou que os dois líderes querem paz e segurança para todos os povos.

O presidente norte-americano disse que os mais recentes lançamentos da Coreia do Norte são provocações e que o país precisa saber que essas ações ampliarão seu isolamento no mundo. Park disse que um teste nuclear e que os seguidos lançamentos de mísseis são uma ameaça à segurança da Península Coreana.

Em discurso para cerca de 1.100 pessoas, Obama afirmou que os compromissos dos EUA com a região da Ásia e do Pacífico são de longo prazo. “Nós temos enviado uma mensagem clara de que, como uma nação do Pacífico, estamos aqui para ficar”.

Obama lembrou que a região da Ásia e do Pacífico abriga mais da metade da população global e disse que a zona se tornará ainda mais importante ao longo dos próximos cem anos. Segundo ele, esse é o motivo para que Washington reequilibre sua política externa para ter mais um papel na região.

O líder também disse que os EUA têm a obrigação moral de ajudar o Laos a melhorar e de auxiliar a que o governo local invista em seu povo. O presidente lembrou a “guerra secreta” que os EUA conduziram no Laos durante a Guerra do Vietnã. Segundo ele, aviões norte-americanos lançaram mais bombas sobre o país que as que caíram sobre a Alemanha e o Japão durante a Segunda Guerra. A autoridade disse que é importante reconhecer o sofrimento de todos os lados do conflito e o sofrimento trazido pela guerra.

Obama é o primeiro presidente dos EUA a visitar o Laos. Ele informou que o governo americano destinará US$ 90 milhões ao longo dos próximos três anos para retirar bombas que não explodiram no Laos durante a Guerra do Vietnã. Milhões de bombas de cacho não detonadas continuam no interior do Laos, fruto de uma campanha de nove anos dos EUA para evitar que as forças comunistas do vizinho Vietnã aumentassem sua influência no país. A Casa Branca disse que o governo de Washington contribuiu com US$ 100 milhões no esforço de desativar bombas nos últimos 20 anos. As mortes a cada ano caíram de mais de 300 para menos de 50 civis nesse período.

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