Obama afirma que Grécia deve “iniciar reformas” e reduzir burocracia

  • Por Agencia EFE
  • 17/04/2015 15h53

Washington, 17 abr (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta sexta-feira que a Grécia deve “iniciar reformas” estruturais, reduzir sua burocracia e demonstrar a seus credores que está tomando “decisões duras”, e deu a Itália como exemplo do tipo de medidas que deveriam ser empreendidas pelo Executivo grego.

“A Grécia necessita iniciar reformas, tem que coletar impostos, reduzir sua burocracia, ter práticas trabalhistas mais flexíveis”, afirmou Obama em entrevista coletiva junto ao primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi.

Obama lembrou que ligou para o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, quando este chegou ao poder no início deste ano e lhe disse que entendia que o novo líder “tinha que demonstrar a seu povo que havia esperança e que podiam crescer”.

“(Eu lhe disse que) nós apoiaremos algum grau de flexibilidade em termos de como avançar para poder fazer investimentos, e que não se trate só de espremer de onde não há”, detalhou Obama.

“Mas é preciso demonstrar àqueles que te estão estendendo crédito, àqueles que estão apoiando seu sistema financeiro, que você está tentando ajudar a si mesmo, e isso implica em tomar o tipo de decisões duras que acho que Matteo (Renzi) está começando a tomar”, acrescentou.

O presidente americano opinou que o governo de Renzi “está no caminho correto para iniciar os tipos de reformas estruturais que (a chanceler alemã) Angela Merkel e outros economistas pediram durante muito tempo”.

Renzi, por sua parte, assegurou que é “absolutamente” necessário “trabalhar duro para conseguir um acordo” entre a Grécia e seus parceiros europeus sobre o plano de reformas grego.

“Para conseguir este acordo, é importante que o governo grego respeite (…) um marco de acordos nas instituições europeias”, comentou o líder italiano.

A Grécia segue negociando com as instituições internacionais – Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional – para conseguir aproximar posturas sobre o plano de reformas completo antes do Eurogrupo informal marcado para o dia 24 de abril em Riga.

Com relação à zona do euro em geral, Renzi declarou que é necessário “escrever uma nova página na economia europeia”, e que “o tempo de apostar apenas na austeridade acabou na Europa”.

Nesse sentido, assegurou que “a experiência do governo dos EUA”, que reforçou as políticas de crescimento para sair da crise econômica, “é um modelo para a economia europeia, que deve ser muito cuidadosa quanto aos orçamentos, suas limitações e seus compromissos”. EFE

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