Obama assina lei de orçamento e evita nova paralisação do governo

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 00h36

Washington, 19 set (EFE).- Os Estados Unidos evitaram nesta sexta-feira repetir um episódio similar à paralisação da administração federal durante duas semanas do ano passado, graças à assinatura da lei de orçamento provisório de quase três meses que inclui mais US$ 88 milhões para a luta contra o ebola na África Ocidental.

O presidente dos EUA, Barack Obama, assinou a medida orçamentária provisória que permite o financiamento do governo a uma taxa anual de US$ 1 trilhão até 11 de dezembro, depois da aprovação do projeto de lei na quinta-feira no Senado e na quarta na Câmara dos Representantes.

A medida evita que o governo federal fique sem recursos no término do ano fiscal, no dia 30 de setembro, e obriga uma nova negociação orçamentária para o início de dezembro.

A aprovação sem complicações do orçamento contrasta com a situação do ano passado, quando os republicanos do Congresso se negaram a aprovar uma lei orçamentária que não estivesse vinculada com um adiamento da entrada em vigor da reforma da saúde de Obama.

A falta de acordo forçou a paralisação da administração durante 16 dias em outubro de 2013, o que provocou notáveis perdas econômicas e causou prejuízo à imagem dos republicanos, segundo algumas pesquisas.

Com a proximidade das eleições legislativas de novembro, os republicanos não quiseram se arriscar este ano com uma aposta similar e buscaram uma aprovação rápida do orçamento.

A medida inclui uma emenda que concede US$ 88 milhões para apoiar os esforços contra o ebola dos médicos na África e para desenvolver novos remédios e vacinas para combater a epidemia, o que eleva para US$ 263 milhões a quantia fornecida até agora pelos Estados Unidos à causa.

Os novos recursos não serão utilizados para financiar o envio de 3 mil militares à região e para a criação de um comando de coordenação na Libéria, duas medidas anunciadas na última terça-feira por Obama.

Espera-se que o financiamento para essas tarefas provenha dos US$ 500 milhões em recursos já autorizados para outras operações que o Pentágono solicitou ao Congresso.

Outra emenda vinculada à medida orçamentária permitiu renovar até 30 de junho de 2015 o mandato do Banco Estatal de Exportação e Importação (Eximbank), que expira no dia 30 de setembro.

Muitos republicanos defenderam o fim do banco, que concede créditos, garantias e seguros para que as companhias americanas financiem suas exportações, enquanto a Casa Branca pressionava há meses por sua manutenção, e teve que se conformar com uma renovação por um prazo mais curto do que o solicitado.

Por último, a medida inclui uma emenda que autoriza o Pentágono a treinar e armar os rebeldes sírios na luta contra o Estado Islâmico (EI), conforme o pedido de Obama. EFE

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