Obama e rei saudita querem ampliar apoio à oposição síria em luta contra o EI

  • Por Agencia EFE
  • 10/09/2014 21h44

Washington, 10 set (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o rei saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, coincidiram nesta quarta-feira sobre a necessidade de enviar mais equipamentos e aumentar o treinamento para que a oposição moderada da Síria possa combater eficazmente a ameaça do Estado Islâmico (EI), informou a Casa Branca.

Obama obteve o apoio do rei saudita para sua estratégia de combate ao EI durante uma ligação telefônica nesta quarta-feira, relatou a residência presidencial em comunicado.

“O presidente e o rei coincidiram sobre a necessidade de enviar mais equipamentos e de aumentar o treinamento para a oposição moderada na Síria, de forma consistente com a proposta que o presidente Obama fez ao Congresso americano”, acrescentou.

A Casa Branca não detalhou a que proposta se refere, mas segundo vários relatórios da imprensa, Obama solicitou ontem ao Congresso autorização para proporcionar formação e equipamentos para a oposição síria com o objetivo de combater o EI também nesse país, um mês depois de ter iniciado uma ofensiva contra esse grupo no Iraque.

Obama pediu que o Congresso incluísse essa autorização dentro de uma medida orçamentária temporária para manter as atividades da Administração que os legisladores devem votar nas próximas semanas.

Apesar de Obama considerar que não necessita de uma autorização para agir militarmente de forma direta contra o EI, ela é necessária na hora de fornecer armas e treinamento para um terceiro ator, neste caso os rebeldes sírios.

Os Estados Unidos fornecem desde meados do ano passado armas leves e treinamento para rebeldes sírios na Jordânia, mas de forma encoberta, através de um programa da CIA.

Na conversa telefônica, os dois líderes concordaram que “uma oposição síria mais forte é essencial para confrontar os extremistas, como o EI, assim como o regime de (Bashar) al Assad, que perdeu sua legitimidade”, afirmou a Casa Branca.

A Arábia Saudita proporcionou ajuda letal aos rebeldes sírios e vem pedindo há dois anos que os Estados Unidos façam o mesmo, mas até agora Washington se mostrou reticente a intervir no prolongado conflito na Síria, onde grupos extremistas se infiltraram entre a oposição que luta contra Assad.

Obama e o rei Abdullah também falaram sobre a situação política no Iêmen, e sobre a visita amanhã do secretário de Estado americano, John Kerry, para se reunir em Jidá com os representantes de Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos (EAU), Bahrein, Omã, Catar, Jordânia, Egito e Turquia.

O presidente americano também se reuniu na manhã de hoje na Casa Branca com membros de seu Conselho de Segurança Nacional e o vice-presidente, Joseph Biden, em um encontro que não estava previsto em sua agenda.

Participaram da reunião o secretário de Defesa, Chuck Hagel; o diretor da CIA, John Brennan, e o chefe do Estado-Maior Conjunto, o general Martin Dempsey, além de outros membros do alto escalão do governo.

O discurso de Obama está previsto para esta noite às 21h locais (22h de Brasília). EFE

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