Obama lança mensagem tranqüilizadora: EUA estão preparados contra ebola

  • Por Agencia EFE
  • 18/10/2014 08h39
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EFE EFE Presidente Barack Obama garante que Estados Unidos estão prontos para controlar ebola

Washington, 18 out (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lançou neste sábado uma mensagem tranquilizadora à população após o alarme gerado pelos dois primeiros contágios no país e garantiu que a nação está preparada para evitar um surto em seu território.

“Não há nenhum país mais bem preparado para enfrentar o desafio do ebola que os Estados Unidos e, embora um só caso aqui em casa seja demais, o país não enfrenta um surto da doença”, deixou claro na tradicional mensagem presidencial transmitida aos sábados.

O presidente pediu que a população “não caia na histeria ou no pânico” porque o ebola é uma doença “muito difícil de contrair” e o que os EUA estão vivendo “não é um surto, nem uma epidemia”.

“Somos uma nação com mais de 300 milhões de habitantes. Até o momento, vimos três casos de ebola diagnosticados aqui: o homem que contraiu a doença na Libéria, veio para cá e tristemente morreu, e as duas valentes enfermeiras que se infectaram enquanto o tratavam”, lembrou.

Obama ainda defendeu a capacidade de resposta das autoridades sanitárias e que os que permitiram a contaminação das duas enfermeiras no Hospital Presbiteriano de Dallas, onde o primeiro paciente, o liberiano Thomas Eric Duncan, servissem de aprendizado.

“Compartilharemos as lições que aprendemos para que nenhum outro hospital repita os erros que foram cometidos em Dallas”, disse.

“Sabemos como lutar contra esta doença. Sabemos os protocolos. E sabemos que funcionam. Até agora, foram transferidos para os Estados Unidos cinco americanos que se infectaram com ebola na África Ocidental, e os cinco receberam um tratamento seguro, sem contaminar as equipes de saúde”, argumentou.

Obama, que por enquanto não cogita vetar os voos com origem nos países mais afetados pela doença, explicou à população o motivo desta postura, que tem recebido críticas da oposição republicana.

“Não podemos simplesmente romper laços com a África Ocidental. Tentar isolar toda essa região do resto do mundo, mesmo se fosse possível, poderia piorar ainda mais a situação. Tornaria mais difícil transferir provisões e trabalhadores da saúde entre as regiões”, assinalou.

“A experiência mostra que isso também poderia fazer com que as pessoas na região afetada mudassem seu percurso para evitar a inspeção, o que tornaria o acompanhamento da doença ainda mais difícil”, acrescentou.

As enfermeiras contaminadas em Dallas, Nina Pham e Amber Joy Vinson, foram transferidas para o Centro Clínico dos Institutos Nacionais de Saúde em Bethesda (Maryland) e o Hospital Universitário Emory de Atlanta, respectivamente, e estão “estáveis”.

“O ebola é uma doença difícil de contrair. Conheci e abracei alguns médicos e enfermeiras que trataram pacientes com ebola. Conheci um paciente com ebola que se recuperou. E estou bem”, relatou Obama ao final da mensagem. EFE

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