Obama: “Luta contra jihadistas não será outra guerra no território iraquiano”

  • Por Agencia EFE
  • 17/09/2014 16h15

Washington, 17 set (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quarta-feira que a luta contra os jihadistas sunitas do Estado Islâmico (EI) não levará seu país a “outra guerra no território do Iraque”.

Da base aérea de MacDill, sede do Comando Central em Tampa, na Flórida, Obama disse que o combate contra o EI no Iraque e na Síria também não será uma responsabilidade exclusiva dos EUA, mas também dos outros países que formam a coalizão internacional.

Obama garantiu para centenas de soldados que o Estado Islâmico não é um perigo iminente, mas que “se os deixarmos agir, poderão representar uma grande ameaça para os EUA”, acrescentou.

Após se reunir com o chefe do Comando Central, o general Lloyd Austin, e outros chefes militares, o presidente disse que as tropas americanas que lutam contra o EI “não têm e não terão” um papel de combate.

Sobre o empenho dos americanos, Obama ressaltou que os líderes do EI “vão descobrir o que os líderes da Al Qaeda já sabem”, que o alcance das operações é extenso e o grupo não encontrará refúgio.

“A única solução é apoiar parceiros no território”, explicou Obama, para quem o combate contra o EI não deve ser uma luta particular dos Estados Unidos, mas um trabalho em equipe com países colaborando de diversas maneiras para derrotar os jihadistas sunitas.

“Os Estados Unidos podem fazer a diferença, mas vou ser claro: esta não é uma missão de combate”, declarou o presidente americano.

O EI conseguiu controlar um vasto território entre a Síria e o Iraque, aproveitando a guerra civil síria e os conflitos entre sunitas e xiitas no Iraque.

Como resposta, os Estados Unidos pressionaram para que ocorresse uma mudança de governo no Iraque e realizaram cerca de 170 ataques aéreos em agosto para ajudar as forças armadas iraquianas e as tropas curdas a recuperarem o terreno ocupado pelo EI.

O presidente lembrou que as capacidades militares americanas “são únicas” e que seguirão se baseando neste conflito em seu poderio militar aéreo e auxiliando as tropas iraquianas.

“Os Estados Unidos continuarão sendo a maior força a favor da liberdade. Entre guerras e recessão, esse foi um começo de século duro, mas estou confiante de que será um século em que os EUA vão liderar”, afirmou Obama durante um encontro com os militares. EFE

jmr/vnm/rpr

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.