Obama não acredita que seja útil prorrogar de novo o diálogo nuclear com Irã

  • Por Agencia EFE
  • 09/02/2015 17h28

Washington, 9 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, descartou nesta segunda-feira que possa ser “útil” concordar uma nova prorrogação das negociações sobre o programa nuclear do Irã e considerou ter chegado o momento de o país “tomar uma decisão”.

As declarações foram feitas na Casa Branca durante a entrevista coletiva conjunta com a chanceler alemã, Angela Merkel, que está em visita oficial aos EUA. Obama alertou que as “opções, se não chegarmos a um acordo diplomático com o Irã são limitadas, e não são atraentes”.

“Estamos em um ponto no qual eles (os iranianos) precisam tomar uma decisão”, afirmou Obama durante a conferência.

Se, como os iranianos mesmos asseguraram, “não aspiram conseguir uma arma nuclear, deveriam ser capazes de dizer sim a um acordo com as potências do G5+1”, continuou o presidente.

De acordo com Obama, a questão neste momento não são já desacordos em temas “técnicos, mas se o Irã tem vontade política e desejo de fechar um acordo”.

Na mesma linha, o secretário de Estado John Kerry considerou “impossível” haver mais prorrogações nas negociações com o Irã sobre seu polêmico programa nuclear, como disse em entrevista transmitida neste domingo pela emissora “NBC”.

A nova rodada de negociação entre Irã e o chamado Grupo 5+1 (EUA, Reino Unido, França, China e Rússia mais a Alemanha) começou em janeiro do ano passado.

O governo iraniano e o G5+1 tinham estabelecido como data limite 24 de novembro para chegarem a um pacto, e por não conseguirem nesse prazo acordaram uma prorrogação de sete meses, que vale até 1º de julho, com o objetivo de chegar a um acordo político no final de março para deixar depois aos analistas o fechamento dos detalhes técnicos.

Mas o líder supremo iraniano, Aiatolá Ali Khamenei, expressou durante o fim de semana sua inconformidade com um acordo que seja executado em duas fases separadas, primeiro no geral e depois nos detalhes. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.