Obama parabeniza povo afegão por “eleições históricas”

  • Por Agencia EFE
  • 05/04/2014 19h44
Eleitores afegãos fazem fila para votar durante as eleições presidenciais em Cabul Agência EFE Imagens do dia

Washington, 5 abr (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, parabenizou neste sábado o povo afegão pelas eleições realizadas hoje, que considerou “históricas” por “marcarem o começo da primeira transferência democrática do poder na história do Afeganistão”.

Obama ressaltou que as eleições “representam um marco importante” tanto que “os afegãos tomaram a responsabilidade plena de seu país”, enquanto Estados Unidos e seus aliados retiram suas forças do território.

“Felicitamos o povo afegão, suas forças de segurança e os funcionários eleitorais pela participação na votação de hoje, que está em consonância com o debate enérgico e positivo entre os candidatos e seus partidários no período anterior às eleições”, acrescentou o líder, em referência ao alto índice de participação urnas.

Obama ressaltou que “essas eleições são fundamentais para assegurar o futuro democrático do Afeganistão” e lembrou que também são estratégicas para a continuação do apoio internacional, por isso desejou que os organismos eleitorais afegãos executem corretamente seu trabalho “com pleno conhecimento que as vozes mais críticas sobre os resultados são as dos próprios afegãos”.

Além disso, o presidente americano quis prestar homenagem “aos muitos americanos – civis e militares – que se sacrificaram tanto para apoiar o povo afegão” com o objetivo de que este seja capaz de “assumir a responsabilidade de seu próprio futuro”.

“Os Estados Unidos continuam apoiando um Afeganistão soberano, estável, unificado e democrático, e esperamos continuar nossa associação com o novo governo eleito pelo povo afegão na base do respeito mútuo e da responsabilidade mútua”, concluiu.

O acordo de segurança bilateral entre ambos os países para um apoio logístico por parte dos EUA após o fim da missão da Otan no final deste ano continua no ar, apesar da insistência da Casa Branca, que não conseguiu assiná-lo pelo firme postura do atual presidente, Hamid Karzai, que deve ser assinado pelo próximo líder.

Karzai, aliado dos EUA e presidente do país desde dezembro de 2001, após a derrota talibã, protagonizou um esfriamento das relações com a Casa Branca ao se negar a tomar uma decisão a respeito, o que provocou que os Estados Unidos não descartasse a opção de ter de se retirar completamente de solo afegão.

O conhecido como Acordo Bilateral de Segurança (BSA, na sigla em inglês) estabelece as condições para prolongar a presença militar americana a partir de 2015 e prevê a presença no país de entre 10 mil e 15 mil soldados dos EUA até 2024 em uma nova missão militar na qual não poderiam realizar operações em áreas civis sem a permissão das autoridades afegãs.

Afeganistão celebrou hoje suas terceiras eleições presidenciais desde a queda do regime talibã, e os primeiros indícios apontam para um alto índice de participação entre os cerca de 13 milhões de possíveis eleitores.

Abdullah Abdullah, Ashraf Ghani e Zalmai Rasul lideram as listas de aspirantes em eleições que possivelmente precisarão de um segundo turno, que será realizada por volta do fim de maio caso nenhum candidato obtenha mais de 50% dos votos. EFE

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