Obama pede a líderes europeus um maior compromisso na luta contra o ebola

Washington, 15 out (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta quarta-feira aos líderes europeus para que se comprometam mais na luta global contra o ebola, durante uma videoconferência com os líderes de Alemanha, França, Itália e Reino Unido.

O “impacto” do surto de ebola na África Ocidental é “trágico” e, por isso, Obama acredita que todos os países devem fazer contribuições “mais significativas” para conter o avanço da doença, segundo detalhou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em referência ao abordado nessa videoconferência.

O porta-voz reiterou, além disso, que “não está sobre a mesa neste momento” estabelecer uma proibição de entrada aos EUA para os passageiros de voos procedentes dos países mais afetados pelo vírus.

Após essa videoconferência, a França anunciou, por sua parte, que iniciará um “dispositivo de controle” na chegada dos voos que procedem da “zona afetada pelo vírus” do ebola, sem especificar que países.

Nos EUA, as autoridades também decidiram reforçar o controle nos principais aeroportos, onde os passageiros procedentes da África Ocidental terão sua temperatura medida.

O aeroporto nova-iorquino JFK foi o primeiro a começar a aplicar neste fim de semana as novas medidas de segurança e, a partir desta quinta-feira, se unirão os de Newark Liberty (Nova Jersey), o Dulles de Washington e os de Chicago e Atlanta.

Poucas horas antes da videoconferência com os líderes europeus, Obama falou por telefone com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe.

Obama concordou com Abe na urgência que a comunidade internacional faça mais para conter o avanço do ebola, “proporcionando pessoal, provisões e fundos”, segundo informou a Casa Branca.

De acordo com os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a epidemia já causou 4.447 mortes e infectou 8.914 pessoas. Os países mais afetados são Libéria, Serra Leoa e Guiné. EFE