Obama pede que Congresso trabalhe por uma “economia para a classe média”

  • Por Agencia EFE
  • 21/01/2015 01h08

Washington, 20 jan (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou nesta terça-feira, em seu discurso sobre o Estado da União, sua intenção de trabalhar com o Congresso por uma “economia para a classe média”, se aproveitando da recuperação econômica do país.

Em seu penúltimo discurso sobre o Estado da União como presidente e com um Congresso totalmente controlado pelos republicanos, o presidente delineou suas novas propostas para aumentar os impostos sobre as grandes fortunas e reduzir a pressão fiscal sobre a classe média.

Obama pediu ênfase em “creches, universidades, saúde, habitação e aposentadoria acessíveis”, ao mesmo tempo em que criticou o Congresso por não ter aprovado um aumento do salário mínimo como pediu no discurso do Estado da União do ano passado.

Como contrapartida, propôs garantir que os trabalhadores recebam as compensações que merecem por horas extras, assim como estender o direito a licenças por doença e nascimento.

O novo plano fiscal de Obama, já revelado pela Casa Branca, propõe simplificar o código fiscal fechando lacunas que permitem que os detentores de grandes fortunas paguem menos por lucro de capital, assim como aumentar de 23,8 para 28% o imposto sobre dividendos de longo prazo, o nível vigente durante a presidência de Ronald Reagan.

A Casa Branca garante que estas novas normas, assim como um aumento das retenções de grandes instituições financeiras que devem mais que o devido, permitirá arrecadar US$ 320 bilhões em dez anos.

Esses fundos permitiriam financiar benefícios fiscais para famílias que têm seus dois cônjuges trabalhando, aumentar os incentivos a creches para crianças menores de 5 anos para até US$ 3 mil e consolidar os programas de ajuda universitária para fornecer até US$ 2,5 mil anuais.

“Ter os dois pais trabalhando é uma necessidade econômica atual, mais do que nunca”, disse o presidente, que destacou que “ainda necessitamos de leis para reforçar, mais do que debilitar, os sindicatos e dar aos trabalhadores americanos uma voz”.

Obama destacou que o país cresce agora em seu ritmo mais rápido desde 1999 e, na atualidade, há mais pessoas com cobertura de saúde do que nunca antes e que o “boom” do petróleo não convencional torna os Estados Unidos “mais livres do petróleo estrangeiro do que foram nos últimos 30 anos”.

O governante também se gabou dos índices de baixo desemprego, inflação e crescimento que tiraram os Estados Unidos da pior crise econômica de sua história recente. “O veredicto é claro: a economia da classe média funciona”, disse. EFE

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