Obama pede que republicanos confirmem Loretta Lynch na procuradoria-geral
Washington, 21 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu neste sábado à maioria republicana no Senado que aprove sem mais demora a indicação de Loretta Lynch a secretária de Justiça e procuradora-geral dos EUA e deixe de utilizá-la politicamente para questões partidários.
“Faz mais de quatro meses que nomeei a Loretta Lynch como procuradora- geral. E os líderes do partido republicano no Congresso nem sequer permitem que a indicação seja submetida a votação”, criticou Obama em seu discurso radiofônico de todos os sábados.
O líder reiterou as “excelentes qualidades” de Lynch para ocupar o principal cargo de justiça do executivo americano.
“Os senadores de ambos os partidos dizem que apoiam. É pura política. Em primeiro lugar, os republicanos bloquearam sua indicação porque estavam insatisfeitos com as ações que tomei para fazer nosso sistema de imigração, que não funciona, melhor e mais justo. Agora se negam a votar até que descubram como aprovar um projeto de lei sobre um tema que não tem qualquer relação com isto”, ressaltou Obama.
Como consequência, ressaltou que “na segunda-feira, Loretta terá esperado mais no plenário do Senado do que os sete promotores-gerais anteriores juntos”.
Os republicanos conquistaram nas eleições de novembro o controle da maioria no Senado e na Câmara, que devem confirmar as indicações presidenciais para os cargos do gabinete, e desde então adiaram a confirmação da nova procuradora-geral ao vinculá-la a votação de diferentes propostas legislativas.
Lynch, reconhecida promotora federal no Brooklyn, em Nova York, manifestou seu claro apoio às medidas migratórias do presidente Obama para evitar a deportação de quase cinco milhões de imigrantes ilegais em sua audiência de confirmação meses atrás, o que causou reservas entre os conservadores.
Quando sua candidatura for confirmada ela substituirá Eric Holder, que ocupou o posto desde que Obama chegou à Casa Branca, e se tornará a primeira mulher afro-americana a dirigir a justiça americana. EFE
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