Obama retoma campanha a favor de aumento do salário mínimo

  • Por Agencia EFE
  • 02/04/2014 20h04

Washington, 2 abr (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, retomou nesta quarta-feira, com uma visita a Michigan, sua campanha a favor de um aumento de 40% do salário mínimo por hora para todos os trabalhadores do país, proposta que deve ser votada pelo Senado na semana que vem.

“Salários justos e maiores lucros podem andar de mãos dadas”, destacou Obama em discurso na Universidade de Michigan, em Ann Arbor.

Ele lembrou que foi em Michigan que Henry Ford, o fundador da gigante automotiva que leva seu nome, anunciou há cem anos a decisão de dobrar o salário de seus trabalhadores, e que na época alguns líderes empresariais “pensaram que ele tinha perdido a cabeça”.

Mas, disse Obama, Ford sabia que esse aumento “ia ser bom para o negócio”, porque aumentaria a produtividade e “significava que seus trabalhadores poderiam poder comprar os carros que eles mesmos fabricavam”.

“Ninguém que trabalha em horário integral deveria precisar viver na pobreza”, enfatizou o presidente, que procura desde ano passado elevar o salário mínimo em nível nacional dos atuais US$ 7,25 a hora para US$ 10,10, um reajuste de 39,3%.

A idade média da maior parte dos trabalhadores que se beneficiariam desse aumento é de 35 anos e “três em quatro” americanos são a favor do aumento, informou Obama.

O problema para a aprovação do reajuste está nos republicanos do Congresso que “não querem votar o aumento, o que é bastante coerente com sua visão de mundo, aonde o governo não tem que desempenhar nenhum papel para garantir que o mercado funcione para todos”.

É provável que o Senado, controlado pelos democratas, submeta à votação nas próximas semanas um projeto de lei que eleva o salário mínimo.

Diante da inércia do Congresso, Obama pediu que as empresas e os governadores aprovem por conta própria esse incremento ao salário mínimo.

O próprio Obama assinou em fevereiro um decreto que reajustou para US$ 10,10 a hora a remuneração dos funcionários contratados pelo governo federal que assinarem a partir de 1º de janeiro de 2015, tanto os novos como as renovações.

Desde o começo de ano Obama tem adotado por decreto medidas unilaterais para fortalecer a economia em questões nas quais não encontrou apoio do Congresso. EFE

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