Oi quer que justiça decida sobre pedido feito por Tanure

  • Por Estadão Conteúdo
  • 23/07/2016 14h36
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Oi entrou com pedido de recuperação judicial no TJ com dívida de R$ 65 Wikimedia Commons Orelhão da Oi - Wikimedia

O conselho de administração da Oi, em reunião na última sexta-feira (22), decidiu encaminhar para o juiz responsável pela recuperação judicial da empresa o pedido de convocação de Assembleia Geral Extraordinária (AGE) feito pelo fundo Société Mondiale, da gestora Bridge Administradora de Recursos, ligada a Nelson Tanure. O empresário quer destituir os membros do conselho de administração ligados à Pharol (antiga Portugal Telecom), principal acionista individual da tele.

Em comunicado ao mercado, a companhia informou que considerou a decisão da 7ª Vara Empresarial do Rio, onde tramita a recuperação da Oi. O juiz Fernando Viana acatou recentemente pedido da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para que houvesse prévia aprovação do órgão regulador em eventual transferência do controle societário da Oi, inclusive com relação à troca dos membros do conselho de administração da companhia.

Em assembleia de acionistas da Oi ontem, Tanure fez um apelo para que a AGE fosse convocada e novos membros do conselho assumissem. “Vamos deliberar um novo conselho de administração, que ajude a companhia a sair da situação de insolvência. Em cinco anos, no máximo, a Oi pode ser a líder de telecomunicações no Brasil”, disse. Ele criticou os membros do colegiado ligados à Pharol e disse que eles não contribuem para a companhia e que estariam atuando em seu próprio interesse. O empresário quer destituir cinco titulares do conselho e seus suplentes. Ao todo, há nove membros no colegiado.

Logo após o pedido de convocação de assembleia, feito no dia 7 de julho e avaliado ontem, a Pharol reagiu. Em comunicado emitido no dia 8 de julho, informou estar “convicta que todos e cada um dos membros do Conselho de Administração da Oi está a cumprir e continuará a observar seus deveres fiduciários e atuar no melhor interesse da Companhia, atuando os mecanismos de governança previstos no Estatuto Social da Oi e os direitos de voto dos acionistas, nos termos da lei, de modo a cumprir a estratégia e o plano traçado, com o objetivo único de viabilizar a sua recuperação financeira”.

A Pharol, por meio da subsidiária Bratel BV, tem 22,24% da Oi, enquanto o fundo de Tanure possui 6,63%.

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