OMS pede proteção de trabalhadores da saúde em áreas de conflito

  • Por Agência Brasil
  • 18/08/2014 15h20

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu hoje (18) o fim das ameaças contra trabalhadores da saúde que atuam em áreas de conflito, desastre ou qualquer outro tipo de crise humanitária. O órgão classificou a situação como uma violação do direito fundamental à saúde.

Em alusão ao Dia Mundial da Ação Humanitária, lembrado amanhã (19), a OMS alertou para casos de ataques direcionados a profissionais de saúde, hospitais, clínicas e ambulâncias em localidades como Síria, Faixa de Gaza, República Central Africana, Iraque e Sudão do Sul, entre outros.

“Ameaças e assédio contra trabalhadores da saúde em países do Oeste da África, também são elementos de preocupação em meio ao surto de ebola. Estes profissionais assumem riscos pessoais para providenciar atendimento médico, mas estão sendo ameaçados, ignorados e estigmatizados”, destacou a organização.

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, cobrou que médicos, enfermeiras e demais trabalhadores possam continuar seu trabalho humanitário de salvar vidas sem a ameaça da violência e da insegurança.

O diretor do departamento de Gestão de Risco de Emergência e Resposta Humanitária, Richard Brennan, lembrou que ataques contra trabalhadores da saúde e instalações médicas afetam seriamente o acesso ao atendimento, privando os pacientes do cuidado necessário e interrompendo medidas para prevenir e controlar doenças contagiosas.

A organização relatou ainda casos de problemas registrados fora de zonas de guerra. No Paquistão e na Nigéria, por exemplo, profissionais de saúde, sobretudo mulheres, responsáveis por aplicar a vacina contra a poliomielite, enfrentam dificuldades para trabalhar.

“Como parte do papel de coordenar a resposta à saúde em emergências internacionais, a OMS está trabalhando com parceiros para melhor documentar, prevenir e responder a esses incidentes. Proteger os que cuidam dos doentes e vulneráveis sob as mais difíceis circunstâncias é uma das principais responsabilidades da comunidade internacional”, concluiu.

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