OMS sugere ficar distante de “locais pobres” para evitar zika

  • Por Estadão Conteúdo
  • 12/05/2016 14h42
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Mosquitos e larvas do aedes aegypti em El Salvador EFE/Oscar Rivera Imagens de zika

Pressionada diante de apelos para que recomende o adiamento dos Jogos Olímpicos por causa do vírus zika, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu nesta quinta-feira, 12, publicar um guia para atletas, turistas e jornalistas estrangeiros que estejam a caminho do Rio para o evento em agosto. 

Na avaliação da entidade de Saúde da ONU, os estrangeiros precisam “evitar visitar áreas pobres ou superpovoadas nas cidades sem água encanada ou saneamento pobre, onde o risco de ser picado pelo mosquito é maior”.

Nesta semana, um apelo publicado em revistas especializadas nos Estados Unidos pedia que a OMS sugerisse ao Comitê Olímpico Internacional (COI) o adiamento do evento diante do risco que poderia haver de proliferação de casos para novos países e uma onda de nascimento de crianças com microcefalia.

Em resposta, o COI garantiu que o evento será mantido e que a OMS não recomenda banir viagens ao Brasil, mesmo diante da atual situação.

Ainda assim, a agência de saúde decidiu reagir e publicou uma lista de recomendações para informar aos estrangeiros que estejam indo ao Brasil para competir, trabalhar ou apenas acompanhar o evento. 

Entre as recomendações da OMS está ainda a de que pessoas que estejam no Rio de Janeiro no evento pratiquem “sexo seguro ou abstinência” durante a estadia na cidade carioca. Ao retornar ao seus países de origem, essas pessoas deveriam continuar a manter relações sexuais seguras por “pelo menos mais quatro semanas”.

O temor da OMS é de que a transmissão entre pessoas seja mais importante do que se imaginava até agora. 

Outra sugestão da entidade é para que os estrangeiros optem por hotéis no Rio de Janeiro com ar-condicionado, reduzindo as chances de serem picados pelo mosquito Aedes aegypti.

Durante o dia, a OMS sugere que os estrangeiros se protejam contra o mosquito, com repelentes e roupas que cubram o corpo. 

Grávidas devem evitar viajar aos Jogos Olímpicos e seus parceiros que estejam no Rio de Janeiro devem, ao retornar aos seus países de origem, usar preservativos em relações sexuais durante o restante da gravidez.

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