ONU condena pena de três jornalistas da “Al Jazeera” no Egito

  • Por Agencia EFE
  • 23/06/2014 14h55
  • BlueSky

Genebra, 23 jun (EFE).- A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, condenou e se mostrou “consternada e alarmada” nesta segunda-feira pela condenação no Egito de três jornalistas da rede “Al Jazeera”.

Ela expressou essa opinião sobre os incessantes ataques contra jornalistas e ativistas da sociedade civil, algo que, segundo ela, os impede de atuar com liberdade.

“Estou especialmente preocupada pelo papel do sistema judiciário nesta repressão”, assinalou a Navy em comunicado.

Ela lamentou a frequência dos ataques a estes grupos, e lembrou que, pelo menos, seis jornalistas foram assassinados no Egito desde agosto de 2013.

Um tribunal egípcio condenou hoje entre sete e dez anos de prisão três jornalistas da “Al Jazeera” em Inglês, por “divulgar notícias falsas” sobre o Egito e colaborar com a Irmandade Muçulmana.

O correspondente australiano Peter Greste e o egípcio, com passaporte canadense, Mohammed Fahmy receberam uma pena de sete anos de prisão, segundo o veredicto lido no final da audiência, assistida pela Agência Efe. O egípcio Baher Mohammed foi sentenciado no total a dez anos.

A corte condenou ainda outras 12 pessoas julgadas à revelia – entre elas três estrangeiros – a dez anos de prisão.

“As acusações contra os jornalistas são muito vagas e, portanto, reforçam a crença que o objetivo real é a liberdade de expressão”, indicou ela.

Navy exigiu a libertação imediata dos três jornalistas condenados, e solicitou ao governo que revise as leis pelas quais os repórteres foram condenados.

“A reputação do Egito, e especialmente a de seu sistema judiciário, estão em interdição”, concluiu. EFE

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.