OPAQ confirma saída das últimas armas químicas da Síria

  • Por Agencia EFE
  • 23/06/2014 11h35
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Bruxelas, 23 jun (EFE).- A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) confirmou nesta segunda-feira a saída das últimas armas químicas da Síria, nove meses depois do início da missão internacional para eliminar esse arsenal.

“Hoje se cumpriu um marco importante nessa missão. Os últimos produtos químicos identificados que seguiam na Síria e tinham que ser retirados foram carregados nesta tarde a bordo do navio dinamarquês Ark Futura”, que partiu do porto sírio de Latakia, afirmou o diretor-geral da OPAQ, Ahmet Üzümcü.

Agora, a missão se centrará em realizar as “operações marítimas” necessárias para entregar os produtos químicos, que serão destruídos a bordo da embarcação americana Cape Ray e em instalações especiais da Finlândia, Alemanha, o Reino Unido e Estados Unidos, explicou em comunicado.

A OPAQ, que tem sede em Haia, lembrou que também continuará trabalhando na Síria após o “fechamento desse grande capítulo”.

“Esperamos concluir em breve o esclarecimento de certos aspectos da declaração (de armamento químico) da Síria e iniciar a destruição de certas estruturas que foram utilizadas como instalações de produção de armas químicas”, assinalou Üzümcü.

“A OPAQ continuará colaborando com a Síria para se assegurar de que é capaz de cumprir com todas as suas obrigações em virtude da Convenção de Armas Químicas e as decisões pertinentes do Conselho Executivo e da Resolução 2118 do Conselho de Segurança da ONU”, apontou.

O diretor-geral da OPAQ destacou a “cooperação internacional extraordinária” que tornou possível a missão para eliminar as armas químicas do regime de Bashar al Assad, e agradeceu sua contribuição tanto aos países participantes como à Nações Unidas.

“Nunca todo um arsenal dessa categoria de armas de destruição em massa foi eliminado de um país que atravessa um conflito armado interno. E isso foi possível em prazos muito exigentes e estritos”, destacou Üzümcü.

O diretor-geral destacou que foram realizadas até 18 reuniões do Conselho Executivo na central da OPAQ, assim como várias rodadas de encontros informais e consultas técnicas, para realizar a missão.

Também lembrou a importância da cooperação com as autoridades sírias para realizar a destruição, ponto no qual lembrou que apesar dos “atrasos” sofridos em relação ao calendário pactuado, seu papel “esteve em consonância com os requisitos”. EFE

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