Oposição síria reitera compromisso com luta contra o terrorismo

  • Por Agencia EFE
  • 11/02/2014 19h43

Genebra, 12 fev (EFE).- A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), aliança que representa a oposição no processo de paz, reiterou nesta terça-feira seu compromisso com a luta contra o terrorismo e rejeitou as alegações do regime de Bashar al Assad, que a acusa de não querer reconhecer a existência desse problema.

“A necessidade de lutar contra terroristas reais é óbvia, e somos nós que a estamos promovendo, e não (o presidente sírio) Bashar al Assad”, afirmou a organização em comunicado.

Segundo a coalizão, a “realidade em campo” é que as forças da oposição moderada estão combatendo “os grupos ligados à Al Qaeda, o Estado Islâmico do Iraque e o Levante (ÍSIS) e os grupos trazidos por Assad de Irã, Iraque e Líbano para ajudá-lo a declarar guerra ao povo sírio”.

A entidade refere-se à participação no conflito sírio de combatentes da Guarda Revolucionária do Irã e da milícia xiita libanesa Hezbollah, junto com as tropas leais ao regime de Assad. Segundo a coalizão, “há claras evidências de vínculos diretos entre Assad e sua maquinaria de segurança com organizações que se dedicam a facilitar, apoiar e estender organizações terroristas internacionais na Síria”.

A discussão sobre terrorismo é um dos assuntos que estão estagnando as negociações de paz, já que a delegação governamental considera que este é um aspecto prioritário antes da abordagem de outros temas, enquanto a entidade opositora considera que Assad que evitar a questão da transição política.

“O regime está adotando uma técnica de bloqueio, dia após dia, pedindo que se discuta o que eles chamam de terrorismo. A verdade é que, para Bashar al Assad, terrorista é qualquer sírio que discorde dele”, disse a entidade opositora.

Em outro comunicado, o porta-voz da CNFROS, Monzer Akbik, reiterou o compromisso da delegação opositora com o sucesso deste processo e pediu a Rússia e EUA, como promotores do mesmo, que pressionem para que o regime se envolva nas negociações.

“Queremos progressos, uma solução. Queremos avançar em direção a uma transição como elemento chave para pôr fim à violência (…) Queremos falar sobre como um órgão de governo transitório porá fim à violência e levará ao país paz e segurança, alívio humanitário, liberdade e estado de direito”, afirmou Akbik. EFE

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